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Servidores do BC protestam em encontro sobre o Drex por melhores salários

Os servidores do BC estão atualmente na terceira fase da operação-padrão, que teve início no início de novembro

Os servidores do Banco Central (BC) realizaram um protesto silencioso e visual, durante o Encontro Anual Drex 2023, que ocorreu nesta quinta-feira (7) em Brasília, sede do órgão no País. Os funcionários portavam  cartazes com as hashtags “valorização” e “Drexit”, reivindicaram por melhorias salariais e uma progressão de carreira, considerada assimétrica em comparação a outras posições do funcionalismo público federal.

Nesse sentido, os servidores adotaram uma operação-padrão como forma de chamar a atenção do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e dos demais diretores da autoridade monetária para suas reivindicações. Essa ação representa um passo próximo à possível deflagração de uma greve, uma possibilidade que também está sendo considerada pelos servidores.

Operação-padrão dos servidores do BC

Rogério Lucca, Chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de Pagamentos do Banco Central, confirmou que a operação-padrão está afetando a agenda de inovação do BC. Ele observou que todos os processos internos do banco estão sendo impactados pela atual situação, caracterizada pela insatisfação significativa dos servidores. Essa insatisfação é atribuída, principalmente, à assimetria remuneratória em relação a carreiras semelhantes.

Por outro lado, Fábio Araújo, coordenador do projeto do Drex, argumentou a favor do reconhecimento, valorização e “assimetrias salariais com outras carreiras públicas sejam corrigidas para garantir a capacidade de o Banco Central continuar a atrair um corpo funcional de qualidade para manter as grandes entregas para o país no futuro”.

Os servidores do BC estão atualmente na terceira fase da operação-padrão, que teve início no início de novembro. O Sinal, sindicato da categoria, reporta que mais de 70% dos servidores aderiram a essa nova fase, em vigor desde julho. A desaceleração nas atividades dos servidores ocorre em um contexto de pressão sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a reestruturação das carreiras no BC.

No anúncio da operação, o Sinal afirmou que a mobilização teria “profundas implicações” no funcionamento da autarquia, levando ao “retardamento e não-entrega de serviços”, impactando projetos em curso do Banco Central, especialmente a implementação da moeda digital Drex e o projeto do PIX parcelado.