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Suzano (SUZB3): Bradesco BBI recomenda venda

Na terça-feira , a Suzano anunciou um reajuste nos preços da celulose para Ásia, Europa e EUA

As ações da Suzano (SUZB3) receberam recomendação de venda do Bradesco BBI. Na terça-feira (17), a empresa de papel e celulose anunciou um reajuste nos preços da celulose para Ásia, Europa e EUA.

A partir de novembro, haverá um aumento adicional de US$ 50 por tonelada no preço para os mercados asiáticos e uma elevação de US$ 80 por tonelada no preço para a América e a Europa.

Na visão do BBI, os reajustes sugerem que a procura na China está de fato crescendo, apoiada por uma sazonalidade mais forte e pelo aumento da atividade de reestocagem.

Por outro lado, a instituição financeira também observa que o segmento de papel está atualmente com excesso de oferta, enquanto os preços da celulose na região subiram a um ritmo mais forte do que os preços do papel, aumentando ainda mais a pressão sobre as margens dos fabricantes de papel.

Fora isso, os volumes significativos que foram inicialmente direcionados para a Europa estão supostamente sendo desviados para a China. Com isso, juntamente com o aumento da oferta dos participantes latino-americanos, a dinâmica de oferta-demanda no país poderá ser afrouxada.

Por conta desse cenário, o BBI espera que a implementação total dos US$ 50/tonelada propostos pela Suzano configure como um desafio.

Em relação ao aumento de US$ 80/tonelada no preço para Europa e América do Norte, a corretora vê alguma resistência em meio à demanda fraca, embora os preços nessas regiões ainda estejam atrás do recente aumento dos preços da celulose na China.

Suzano (SUZB3): Morgan Stanley corta recomendação de compra

As ações da Suzano (SUZB3) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo Morgan Stanley. Em relatório, os analistas do banco destacaram que veem um “perfil de risco-retorno menos atrativo” para a maior produtora de celulose do mundo.

Na visão do Morgan Stanley, o perfil de risco-recompensa da Suzano se tornou mais equilibrado após o sólido desempenho das ações.

“No entanto, as ações subiram 20% nos últimos 4 meses, superando em média seus pares na América Latina em 14 pontos percentuais e os mercados de ações da América Latina e do Brasil em 16 e 11 pontos percentuais, respectivamente”, escreveu.

Mesmo com a elevação dos papéis, banco norte-americano entende que há “potencial limitado de valorização devido à iminente oferta”.

Apesar de cortar a recomendação de compra, o Morgan Stanley manteve o preço-alvo de R$ 53,00 para os papéis da Suzano.