As ações do TC (TRAD3), plataforma TradersClub, apresentaram uma recuperação, ao reportarem avanço com máxima de 33,96% em fevereiro. Os mesmos papéis que iniciaram o primeiro mês do ano de forma desfavorável assumiram uma retomada em sua performance.
Após sofrer recuo de 28,6% no mês de janeiro, o Traders Club reverteu o cenário negativo assumindo uma das maiores altas na semana de 30/01 a 05/02. O papel acumulou cinco altas consecutivas, fechando a semana nos R$ 5,49.
O TRAD3 desempenhou um avanço superior quando comparado com as ações de maiores valorizações da bolsa de valores brasileira da semana, que foram as ordinárias da Kepler Weber, Agrogalaxy Participações, Ouro Fino e preferenciais da Lojas Americanas.
Melhores desempenhos da B3 na semana de 30/01 a 05/02
Um dos contribuidores do TC, Otavio Barros destaca que uma das principais características que faz uma ação ser vantajosa é a assimetria: desta forma havendo acertos gera ganhos, do contrário, perdas. Ele defende, no entanto que o short em TRAD3 apresenta uma assimetrias nociva para investidores.
“Em novembro fiz uma live explicando que não achava interessante uma taxa de aluguel acima de 16%, era o patamar que se encontrava na ocasião. Com o passar dos meses, a taxa chegou a atingir 70% ao ano, o valor desse aluguel mensal das ações só está encarecendo, com o short que já está com quase quatro meses. Eu acredito que tentaram um tiro curto que não deu certo e agora estão com spread aberto”, avalia o investidor.
Além de sinalizar que a atenção deve estar voltada para a quantidade de ações vendidas, uma vez que a realidade é de escassez, ele explica que a ação oferece uma operação desfavorável, quando há poucas ações para alugar, chamado de BTC. “Perguntei para excelentes profissionais da área uma estratégia de como sair de qualquer um deste cenário, com essa quantidade de dinâmica vendida e com essa taxa de aluguel, nenhum deles souberam responder”, disse Barros.
Vale ressaltar que o TC recebeu recomendações de vendas vindas de algumas casas de análises, como a Empiricus, que soltaram relatórios favoráveis à venda do ativo. Os documentos sinalizavam uma possível antecipação do processo de IPO, além de uma possível falta de transparência dos dados.