Resultados trimestrais

Tenda (TEND3) recua 87,3% no prejuízo do 4TRI23, para R$ 19,6 mi

A receita líquida da empresa teve um aumento de 19,6% no trimestre, atingindo R$ 754,9 milhões

Tenda (TEND3)
Tenda (TEND3) (Foto: reprodução)

A Tenda (TEND3), empresa atuante no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), divulgou um prejuízo líquido de R$ 19,6 milhões no último trimestre, uma melhora significativa em relação ao prejuízo de R$ 155,1 milhões no mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da empresa teve um aumento de 19,6% no trimestre, atingindo R$ 754,9 milhões, enquanto a margem bruta registrou uma expansão de 11,3 pontos percentuais, chegando a 22,2%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 35,6 milhões, revertendo um valor negativo de R$ 69,2 milhões do ano anterior. A margem Ebitda apresentou um crescimento expressivo de 15,7 pontos percentuais, totalizando 4,7%. O Ebitda ajustado foi de R$ 47,3 milhões, comparado ao valor negativo de R$ 54,2 milhões no mesmo período do ano anterior.

A empresa realizou lançamentos com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,15 bilhão no trimestre, representando um aumento de 52,4%. As vendas líquidas também cresceram, atingindo R$ 842,4 milhões, um aumento de 25%.

No acumulado do ano de 2023, a Tenda (TEND3) registrou um prejuízo líquido, mas com uma redução significativa em relação ao ano anterior, passando de R$ 547,3 milhões em 2022 para R$ 95,8 milhões em 2023. A receita líquida aumentou 20,3%, totalizando R$ 2,9 bilhões, enquanto a margem bruta avançou 9,6 pontos percentuais, atingindo 21%.

O Ebitda da empresa no ano foi de R$ 119,1 milhões, revertendo um valor negativo de R$ 270,5 milhões em 2022, com uma margem de 4,1%, um aumento de 15,3 pontos percentuais. O Ebitda ajustado foi de R$ 195,5 milhões, comparável ao valor negativo de R$ 203,8 milhões em 2022.

A dívida líquida da Tenda (TEND3) diminuiu em 42,3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 461,3 milhões. O índice de endividamento, calculado pela divisão da dívida líquida pelo patrimônio líquido e minoritários, reduziu em 58,1 pontos, chegando a 53,4%.

Ao longo de 2023, os lançamentos totalizaram R$ 3,5 bilhões em VGV, um aumento de 46,4%, enquanto as vendas líquidas foram de R$ 3,1 bilhões, representando um aumento de 32,7%.

Tenda (TEND3) mira crescimento em 2024 após ano de recuperação

A Tenda (TEND3) encerrou o ano com um estoque avaliado em R$ 2,4 bilhões, registrando um aumento de 22% em relação ao período anterior.

De acordo com Luiz Mauricio Garcia, diretor-financeiro e de relações com investidores da empresa, 2023 foi considerado “o ano da virada” para a companhia. Durante a pandemia, enfrentaram desafios relacionados aos custos das obras, mas agora estão focados em recuperar a rentabilidade e reduzir o endividamento. A meta é alcançar uma dívida líquida zero.

Para 2024, o guidance da incorporadora estabelece uma meta ambiciosa de vendas líquidas entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,5 bilhões, representando um crescimento de aproximadamente 15% em relação aos R$ 3 bilhões alcançados em 2023.

A empresa identifica o consumo do orçamento do FGTS como o maior risco para suas operações em 2024, uma vez que abastece o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Dados preliminares indicam que 20% da meta de recursos para 2024 já foram utilizados nos meses de janeiro e fevereiro. Espera-se que medidas sejam anunciadas, como a possível redução do financiamento de imóveis usados, para mitigar esse risco.