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Tesouro Direto: títulos prefixados e IPCA+ recuam nesta quarta

Os títulos negociados no Tesouro Direto recuaram nesta quarta-feira (31)

Os títulos prefixados e IPCA+ negociados no Tesouro Direto apresentaram queda nesta quarta-feira (31). Na terça (30), por sua vez, os títulos subiram.

Às 15h30 (de Brasília), o Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 9,64%, com investimento mínimo de R$ 33,53 e 9,75% no dia anterior. O Tesouro Prefixado 2029, por sua vez, entregava retorno de 10,32%, ante 10,44%, apresentado anteriormente.

O Tesouro IPCA+ 2035 apresentou resultado levemente negativo nesta quarta. O título registrou retorno de 5,61% ante 5,60%, reportado anteriormente. O título IPCA+ 2045, por sua vez, registrou estabilidade, gerando rentabilidade de 5,72%, o mesmo reportado na terça.

Fatores internos e externos influenciam Tesouro

Os títulos do Tesouro Direto são influenciados pelo cenário macroeconômico no Brasil e no exterior. Os participantes do mercado aguardam com grande expectativa a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) às 16h, assim como pistas que o presidente do Fed, Jerome Powell, pode fornecer sobre os próximos passos na condução dos juros nos Estados Unidos. Antes desse evento, no entanto, novos indicadores sobre a dinâmica do mercado de trabalho americano devem ser divulgados, podendo influenciar os ativos de risco.

Em Nova York, os índices operam mistos. O Nasdaq lidera as quedas das negociações, impactado pelas projeções da Alphabet e da Microsoft que indicaram aumento nos custos relacionados à inteligência artificial. Esses resultados afetaram as ações de empresas de grande capitalização (megacaps) e do setor de chips, tudo isso antes da aguardada decisão de política monetária do Federal Reserve.

O cenário geopolítico também interfere no Tesouro Direto. O conflito no Oriente Médio continua a aumentar a tensão na região. Os países da União Europeia querem lançar uma missão naval no Mar Vermelho até meados de fevereiro para proteger os navios dos ataques dos Houthis.

O chefe de política externa do bloco europeu, Josep Borrell, disse que os países podem decidir sua estrutura de comando nesta quarta-feira (31).

Muitas empresas de transporte marítimo desviaram navios após os ataques dos rebeldes, que controlam grande parte do Iêmen e dizem agir em solidariedade aos palestinos enquanto Israel e o Hamas travam guerra em Gaza.