A Unigel comunicou nesta sexta-feira (9) que deve promover uma onda de demissões nas fábricas da empresa na Bahia e em Sergipe nos próximos dias. Segundo informações de fontes a par do assunto, o anúncio foi feito aos trabalhadores das duas plantas por volta do meio-dia de hoje.
A projeção é de que os cortes possam atingir até 50% do quadro de Camaçari (BA) e 70% da unidade de Laranjeiras (SE). O BP Money procurou a empresa e aguarda seu posicionamento.
O Sindiquímica Bahia solicitou uma reunião de urgência com a Unigel para este sábado (10), para tratar sobre o assunto. “É inadmissível que mais uma vez os trabalhadores sejam pegos de sobressalto com o risco de perderem seus postos de trabalho e a renda com a qual sustentam suas famílias”, disse o sindicato em nota.
Recuperação judicial
Nesta semana, a Unigel negou que tenha a intenção de pedir recuperação judicial. O posicionamento da petroquímica se deu após rumores na imprensa sobre a possibilidade. No comunicado, a Unigel afirmou que as conversas com credores avançaram “significativamente” nos últimos dias e negou que vá recorrer à medida.
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A petroquímica, que tenta renegociar as condições de R$ 3,7 bilhões em dívidas, ainda não chegou a um acordo com os credores e está protegida, judicialmente, contra eventuais execuções até a próxima semana. Conforme o grupo, as negociações devem ser concluídas “em breve”.
“Em face às especulações veiculadas na imprensa recentemente, a Unigel informa que não há nenhuma intenção de realizar pedido de recuperação judicial”, informou.
“A empresa segue acreditando que o acordo é a melhor solução para todas as partes”, acrescentou.
Segundo fonte ouvida pelo Valor, até a última segunda-feira (5), não havia consenso entre credores e companhia, que já se preparava para uma potencial recuperação judicial, medida que até então era vista como última alternativa.
