A Vale (VALE3), somente neste ínicio de ano, já perdeu cerca de R$ 48,3 bilhões em valor de mercado. No momento, um dos fatores que assombram a mineradora é o processo de troca de presidência, visto que, até mesmo o presidente Lula (PT) já tentou emplacar um nome para o cargo, o ex-ministro Guido Mantega (PT).
Na noite de sexta-feira (8), a Vale anunciou a prorrogação do mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, por mais seis meses. De acordo com o InfoMoney, o executivo ocupará a cadeira até 31 de dezembro de 2024.
Para auxiliar na resolução da questão, a mineradora busca uma empresa da área de recursos humanos que possa elaborar uma lista tríplice para a sucessão.
Porém, segundo fontes próximas aos membros do Conselho Administrativo, existe um temor de que a mudança seja um jogo de “cartas mandadas”, conforme informações do portal de notícias.
O valor de mercado da Vale estava estipulado em R$ 332,1 bilhões no fim do ano passado. Devido ao processo atual, esse número sofreu queda para o patamar de R$ 283,8 bilhões, segundo cálculo de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria.
Polêmicas na troca de comando da Vale
Entre os vários movimentos que o /tag/governo tem feito entre políticos e executivos, desde o início do mandato, a tentativa de emplacar Guido Mantega, como presidente e membro do Conselho, ex-ministro da Fazenda dos mandatos anteriores do partido, foi um das mais polêmicos.
O fundo de pensão para funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), Previ, eram a principal base por meio da qual o governo tentava influenciar as decisões da companhia, segundo o veículo.
Na lista tríplice que será elaborada em breve, o nome de Bartolomeo não poderá constar. Entre os possíveis candidatos cotados, nas últimas semanas, estão Walter Schalka, presidente da Suzano (SUZB3).
Além dele, Paulo Caffareli, ex-presidente do Banco do Brasil e da Cielo (CIEL3), bem como o ex-presidente da própria Vale, Murilo Ferreira, também são opções.