Via (VIIA3): dona da Casas Bahia promove demissões, diz jornal

As demissões podem atingir entre 10% a 15% do quadro, a depender do departamento

A Via (VIIA3), dona da Casas Bahia, tem reduzido o seu quadro de pessoal nas últimas semanas, segundo apurou o jornal  “Valor Econômico”. A ideia é enxugar a estrutura de maneira que isso faça parte de um movimento mais organizado de geração de economias e redução de despesas.

Segundo uma fonte do jornal, nesta semana foram cerca de 100 pessoas na área administrativa, e o enxugamento, ainda em implementação, tem envolvido diferentes departamentos, hierarquias (inclusive médio escalão) e negócios. A intenção é ganhar produtividade dentro de um quadro mais enxuto. A Via fechou o ano de 2022 com 46 mil funcionários, segundo formulário de referência entregue à B3 — eram 45,9 mil em 2021.

Ainda de acordo com a publicação, têm circulado no mercado desde junho, ao fim desse processo, as demissões podem atingir entre 10% a 15% do quadro, a depender do departamento, dentro de uma lógica também de redução de hierarquias e priorização de projetos. 

Via faz rodada de demissões no alto escalão

No mês de junho, em meio a uma reestruturação, a Via realizou mais uma rodada de demissões, daquela vez, no alto escalão da empresa e com foco no banQi, o banco digital da varejista.

Meados de março, o banQi realizou uma demissão que resultou em uma redução de aproximadamente 10% de sua força de trabalho. Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre o número exato de funcionários desligados do banco digital da Via. O presidente da operação, André Calabro, já havia sido demitido em uma ocasião anterior, e a nova de desligamentos veio com foco nos diretores.

De acordo com informações do Broadcast, além dos diretores do banQi, também foram demitidos um diretor de contabilidade corporativa, um diretor regional do Rio de Janeiro, o chefe de comunicação e ESG, e a chefe da divisão de marketing e experiência do consumidor.

A empresa, em nota, destacou que “as mudanças fazem parte de uma reconfiguração estratégica de negócios com o objetivo de manter a eficiência operacional“.

O movimento pode sinalizar uma perda de relevância do banQi dentro da operação da Via, que concluiu a aquisição do banco digital ainda em meados de 2020.