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Vivo (VIVT3): Cade marca data para julgar acordo com Winity 

O Cade irá julgar se a Winity poderá alugar para a Vivo as frequências adquiridas no leilão do 5G

O Plenário do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) irá julgar na próxima quarta-feira (13) se a Winity, fornecedora de infraestrutura de telecomunicações, poderá alugar para a Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), frequências adquiridas no leilão da quinta geração de telefonia móvel (5G), em 2021.

As companhias afirmaram ao Cade que a operação viabiliza o modelo de negócios de operadora independente de atacado que a Winity pretende inaugurar no Brasil, além de viabilizar contrapartidas de investimentos assumidos pela empresa no leilão.

O acordo prevê o aluguel, pela Vivo, em caráter secundário, da faixa de 700 megahertz (MHz), comprada para uso primário pela Winity em 1.120 municípios.

Com isso, a telefônica iria disponibilizar meios de rede à Winity para cobertura de 1.012 trechos de rodovias e de 313 localidades conforme obrigações assumidas na compra da rede em 700 MHz, no modelo de roaming.

O acordo com a Vivo foi anunciado em agosto de 2022. A faixa de 700 MHz está associada ao 4G e é valorizada pelo longo alcance do sinal, pois demanda menos antenas do outras redes móveis para cobrir a mesma área.

Vivo (VIVT3): XP (XPBR31) recomenda compra

As ações da Telefônica Brasil, dona da Vivo (VIVT3), receberam recomendação de compra da XP Investimentos (XPBR31). Além disso, a corretora estipulou um preço-alvo de R$ 54,00 para a companhia de telefonia.

Em relatório, os analistas da XP elogiaram a forte recuperação das receitas de serviços da Vivo, tanto móveis quanto fixos.

Na visão deles, a companhia telefônica tem acertado ao acelerar o negócio de fibra óptica e defender sua posição de liderança no mercado mobile.

“Desde o começo de 2021, a Vivo tem sustentado e acelerado seu crescimento de receitas, compensando a queda em serviços non-core, que hoje representam apenas 6% do faturamento total”, afirmaram.

Para a XP, a empresa tem tido o domínio da telefonia móvel com uma fatia relevante de mercado tanto no segmento pós-pago quanto no pré.

Além disso, segundo a instituição, a Vivo tem sido capaz de repassar aumento de preços e migrar usuários para planos de maior valor, mantendo os cancelamentos sob controle.

“Também reconhecemos os progressos da companhia em diversas iniciativas, focadas em gerar receitas adicionais além do seu negócio principal de conectividade”, acrescentaram os analistas sobre a Vivo.