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WeWork: ação desaba mais de 30% com rumor sobre recuperação judicial

Os papéis da companhia já acumulam uma perda de 51,65% em meio perpiodo de pregão.

Os papéis da WeWork, startup fornecedora de espaços de coworking, têm registrado um derretimento desde o início da sessão desta quarta-feira (1º), com o mercado respondendo à possível solicitação de recuperação judicial noticiada pelo Wall Street Journal, no fim da tarde desta terça-feira (31).

Nos negociações pré-mercado desta quarta-feira (1º), as ações da WeWork caíram 37% e agora, às 12h25 (horário de Brasília) os mesmos papéis acumulam uma perda de 51,65%

A companhia pioneira no compartilhamento de espaços de escritório teve uma jornada notável durante o último boom das startups. Chegou a alcançar uma relevante avaliação de US$ 47 bilhões em 2019. Entretanto, essa trajetória foi marcada por um IPO desastroso e por desafios significativos em seu modelo de coworking durante a pandemia.

Com sede em Nova York, a empresa enfrentou dificuldades nos últimos anos, devido a uma enorme dívida e prejuízos consideráveis. Com isso, atualmente seu valor de mercado foi parar nas casas de aproximadamente US$ 121 milhões.

De acordo com fontes próximas ao assunto, a provedora de espaços de trabalho flexíveis, WeWork, está ponderando a possibilidade de solicitar proteção judicial contra falência em Nova Jersey, conforme relatado pelo Wall Street Journal e Reuters em uma notícia na terça-feira (31). Um porta-voz da WeWork se absteve de comentar sobre as “especulações”.

WeWork faz acordo para adiar pagamento de juros

Na manhã de terça-feira (31), a WeWork anunciou um acordo com seus credores para estender o período de carência de 30 dias nos pagamentos de juros de algumas de suas dívidas, que venceriam nesta semana. Conforme o calendário divulgado pela empresa, esse novo “acordo de tolerância” irá até 6 de novembro.

Essa possível solicitação de falência marca uma guinada notável na trajetória da empresa, que já alcançou uma avaliação de US$ 47 bilhões em 2019. Além disso, representaria um grande golpe para o SoftBank, que investiu somas consideráveis nessa startup anteriormente celebrada.

Russ Mold, diretor de investimentos da corretora de valores britânica AJ Bell, expressou: “Parece que o WeWork pode estar chegando a um fim complicado. Seu principal financiador, o SoftBank, deve ter chegado a um ponto em que não pode mais justificar o resgate do negócio.”

As ações da WeWork sofreram uma queda de 96% ao longo de 2023, devido a perdas contínuas, uma montanha de dívidas e esforços de reestruturação para controlar gastos. Com os bancos centrais estabelecendo taxas de juros elevadas, os custos dos empréstimos dispararam, tornando o serviço consideravelmente mais oneroso.