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Argentina fecha acordo com supermercados para limitar aumento de preços

Em troca, as empresas receberão benefícios fiscais

O governo da Argentina fechou um acordo com supermercados para limitar o aumento de preços ao consumidor. De acordo com o anúncio do ministro da Economia, Sergio Massa, os supermercados e atacadistas irão limitar em 5% os aumentos mensais em produtos de consumo amplo e popular pelos próximos 90 dias. Em troca, as empresas receberão benefícios fiscais.

Massa informou ainda que o governo firmou acordo com laboratórios farmacêuticos argentinos para congelar os preços de medicamentos.

Argentina: Massa anuncia acordo para congelar preços de combustíveis

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, comunicou ao mercado, que fez um acordo para congelar os preços de combustíveis no país até 31 de outubro. 

Nesse sentido, em 22 de outubro, haverá o primeiro turno na disputa presidencial na Argentina, com Massa entre os candidatos.

“Concordamos, após um trabalho de entendimento entre as refinarias, os produtores e o Estado, que não haverá mais aumento de combustíveis até 31 de outubro”, afirmou Massa no X (ex-Twitter). Também houve declarações do ministro à imprensa sobre o assunto.

Na última segunda-feira (14), o governo promoveu uma desvalorização do peso em relação ao dólar, com uma queda de 22%. Sendo assim, a medida resultou em um aumento significativo nos preços internos, devido à elevada cotação da moeda americana no mercado paralelo, conhecido como “dólar blue”. Nesta quinta-feira (17), o dólar blue foi cotado a 760 pesos, acentuando ainda mais a pressão inflacionária.

Em suma, nas eleições primárias do último domingo, Massa garantiu o terceiro lugar, enquanto a vitória coube a Javier Milei. O contexto do país é caracterizado por uma taxa de inflação que já ultrapassou a marca de 100% ao ano. Diante das recentes turbulências nos mercados locais, os analistas preveem um agravamento desse cenário inflacionário. Mesmo diante da decisão do Banco Central da República Argentina (BCRA) de implementar um substancial aumento na taxa de juros nesta semana, espera-se que a inflação continue a acelerar.