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Argentina: disputa segue acirrada com Milei na liderança 

Levantamentos indicam que disputa será decidida no segundo turno

Faltando pouco mais de uma semana para as eleições que vão definir a presidência da Argentina, o candidato da direita radical, Javier Milei, lidera a maioria das pesquisas de intenção de voto. 

Três pesquisas de institutos renomados no País mostraram o ministro da Economia, Sergio Massa, em segundo lugar e a candidata conservadora Patricia Bullrich em terceiro, segundo a Reuters.

Dois levantamentos mostraram os três candidatos dentro de um intervalo de 10 pontos percentuais, indicando que é provável que haja um segundo turno, já que nenhum deles deve garantir os votos necessários para vencer o pleito na primeira etapa.

Para vencer no primeiro turno, que aconteceu no próximo dia 22, um candidato precisa obter 45% dos votos, ou mais de 40% com uma vantagem de mais de 10 pontos sobre seu rival mais próximo.

Milei, um economista que obteve uma vitória surpreendente nas primárias de agosto com propostas radicais, tem entre 34% e 35% dos votos, de acordo com uma pesquisa da Opina Argentina. Massa tem entre 29% e 30%, enquanto Bullrich tem entre 24% e 25%.

Uma pesquisa da Synopsis Consultores mostrou Milei com 36,5%, seguido por Massa com 29,7% e Bullrich com 23,8%.

A maioria dos institutos de pesquisa ainda não divulgou previsões para um possível segundo turno em 19 de novembro, embora Milei seja visto, de modo geral, como tendo a melhor chance de vencer.

Milei diz que não fará negócios com comunistas e cita Lula

Javier Milei é conhecido pelas suas propostas radicais. O candidato da extrema direita à Presidência da Argentina, já chegou a dizer que, caso seja eleito, não fará negócios com comunistas e citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre as lideranças excluídas de seus laços comerciais.

“Não só não farei negócios com a China. Não farei negócios com nenhum comunista. Eu sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os comunistas não cabem aí. Os chineses, Putin e Lula não cabem aí”, disse Milei em entrevista ao canal do jornalista conservador norte-americano Tucker Carlson, ex-apresentador da Fox News.

Brasil e China são os dois maiores parceiros comerciais da Argentina, com o país platino dependendo fortemente da importação de produtos industrializados vindos de ambos as nações.

A declaração se junta a outras opiniões polêmicas de Milei quando o assunto é economia. Ele prometeu que se for eleito, vai dolarizar a economia da Argentina, fechar o Banco Central do país e diminuir significativamente o tamanho de ministérios.