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Argentina sofre com paralisação de agricultores, que pedem apoio ao agro

Em comunicado, a CRA (Confederações Rurais da Argentina) disse que a comercialização de produtos foi suspensa durante um dia

Os produtores rurais da Argentina realizaram na última quinta-feira (14) uma greve contra a falta de políticas de incentivo ao agronegócio local. Em nota, a CRA (Confederações Rurais da Argentina) afirmou que a comercialização de produtos foi suspensa por 24 horas.

Representantes do movimento agrícola afirmam que o campo é a solução para todos os problemas da Argentina e querem receber mais protagonismo do governo. Eles também relataram os diversos problemas que o setor enfrenta, como falta de combustíveis, preços elevados dos insumos, mudanças nas regras de exportação, inflação e falta de financiamento.

Argentina já havia sofrido com paralisação dos caminhoneiros

Em 22 de junho, a Argentina sofreu com uma paralisação nacional de caminhoneiros. De acordo com os sindicatos de transporte da Argentina, o protesto foi contra a escassez de diesel e preços excessivos do combustível. Várias estradas do país sofreram com bloqueios, incluindo a estrada entre Buenos Aires e La Plata.

Em nota, o UNTRA (Sindicato Nacional dos Transportadores) afirmou que cessou as atividades “com a finalidade de corrigir as ações que o tenham causado em prejuízo do transporte”. A Untra também apelou pela criação de uma medida que faça com que as tarifas sejam proporcionais ao aumento do combustível.

A paralisação fez com que o ministro de Segurança de Buenos Aires, Sergio Berni, fosse de helicóptero até os manifestantes para pedir o desbloqueio das vias. Com o pedido sendo recusado, a forças de segurança argentinas foram mobilizadas para dispersar o bloqueio.

A Sociedade Rural Argentina denunciou em um comunicado recente “os problemas gerados pelo escasso ou nulo fornecimento de combustível, bem como as sobretaxas que devemos pagar”.

O governo da Argentina havia garantido que iria tomar medidas para resolver o problema dos combustíveis.

Em primeiro de junho, a Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transportes de Cargas (Fadeeac) apontou que 26% dos caminhoneiros da Argentina que usam diesel já esperavam mais de 12 horas nos postos de combustíveis para conseguir abastecer. Realizada em abril, o estudo continha informações de 43 câmaras de transporte que compõem a Federação, o que representa cerca de 4400 empresas argentinas.