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COP28 aprova fundo climático para países vulneráveis

O intuito do novo fundo é ajudar as nações pobres a lidar com desastres climáticos

Em seu primeiro dia, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, aprovou nesta quinta-feira (30) um fundo climático para financiar perdas e danos de países vulneráveis. O intuito do novo fundo é ajudar as nações pobres a lidar com desastres climáticos. As informações são da Agência Brasil.

Os Emirados Árabes anunciaram imediatamente uma contribuição de US$ 100 milhões. Em seguida, a Alemanha também anunciou uma contribuição de US$ 100 milhões ao fundo, seguida pelo Japão, que disponibilizou US$ 10 milhões, e o Reino Unido, US$ 75 milhões.

“Entregamos história hoje. Esta é a primeira vez que uma decisão foi adotada no primeiro dia de qualquer COP. E a velocidade com que o fizemos também é histórica”, afirmou o presidente da COP28, Sultan Al Jaber.

“Esta é uma prova de que podemos entregar. A COP28 pode entregar. E, colegas, isso agora estabelece uma ambição clara para que possamos apresentar uma decisão abrangente nos próximos 12 dias”, concluiu.

Acordo Mercosul e UE pode ser fechado nos próximos dias

O acordo entre União Europeia e o Mercosul está cada vez mais perto de acontecer, após duas décadas do início do interesse entre os dois blocos econômicos . A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretendem se reunir durante a COP28, em Dubai, para dar um impulso político final para o acordo, segundo pessoas a par do assunto, ouvidas pela Bloomberg.

A reunião, que poderá acontecer no sábado (2), ocorrerá depois que avanços significativos nas negociações técnicas deixaram os dois lados mais perto de superar as diferenças em relação ao meio ambiente que inviabilizaram uma tentativa anterior nos estágios finais.

O pacto comercial entre UE e Mercosul criaria um mercado integrado de 780 milhões de consumidores, tornando-se o maior acordo da história do bloco europeu e uma das maiores zonas de livre comércio do mundo.

Os exportadores europeus economizariam cerca de € 4 bilhões (US$ 4,4 bilhões) em tarifas de importação, ao mesmo tempo em que teriam mais acesso a matérias-primas críticas para o desenvolvimento de tecnologias verdes e digitais.

Para o bloco sul-americano, o acordo daria um impulso a setores que buscam acesso mais amplo aos mercados europeus e consolidaria a região como principal exportadora mundiais de carne bovina, soja, café e outros produtos.

Alguns países da UE manifestaram preocupações com o aumento do desmatamento da floresta amazônica durante o governo de Jair Bolsonaro, e as exigências continuaram a ser um desafio para Lula, que chamou os termos ambientais da Europa de “ofensivos” e disse que qualquer acordo deve tratar a América do Sul “em termos iguais”.

Mas o presidente brasileiro, que prometeu unir novamente o Mercosul e levar o acordo à conclusão, intensificou seus esforços nas últimas semanas, buscando uma conclusão antes do fim do mandato brasileiro na presidência rotativa do bloco, no início de dezembro.