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Livro Bege registra desaceleração na economia dos EUA

Relatório foi divulgado nesta quarta-feira (29)

O Livro Bege do Fed (Federal Reserve), divulgado nesta quarta-feira (29), registrou desaceleração na economia dos Estados Unidos de forma ampla entre o período do último relatório, de 18 de outubro até 17 de novembro.

Segundo o documento, quatro distritos onde o banco central americano está presente mostraram “crescimento modesto”; dois relataram estabilIdade ou ligeira queda; e seis, redução leve de atividade.

Em relação à inflação, o Livro Bege afirmou que os consumidores americanos estão mais sensíveis aos preços, o que dificultou o repasse de custos pelas empresas. Segundo o documento, provedores de serviços tiveram mais capacidade de repassar o aumento de preços, enquanto o setor manufatureiro teve “poder de precificação” limitado.

Os contatos consultados pelo Fed avaliaram que a perspectiva para a atividade nos próximos seis a 12 meses piorou, enquanto os preços devem continuar em alta moderada em 2024.

Entre setores, o Livro Bege relata um cenário “misto” tanto para a atividade do varejo quanto para a manufatura. Nesse contexto, a demanda por empréstimos ao setor privado diminuiu, principalmente para empreendimentos imobiliários.

Do lado do consumidor, a concessão de crédito permaneceu “saudável”, mas alguns bancos relataram aumento das taxas de inadimplência, diz o Livro Bege.

O relatório também informou que o aumento dos preços arrefeceu de forma ampla nos EUA, com destaque para os custos de frete e matérias-primas industriais. A inflação, contudo, segue “elevada” e a alta dos salários foi classificada como “de modesta a moderada”.

EUA: PIB sobe 5,2% no 3° tri e supera expectativa do mercado

A economia dos Estados Unidos expandiu-se em 5,2% no terceiro trimestre, segundo a segunda análise divulgada nesta quarta-feira pelo Escritório de Análise Econômica (BEA). Esse resultado superou tanto a leitura anterior de 4,9% quanto a expectativa de crescimento de 5% prevista por analistas consultados pelo Wall Street Journal.

O BEA apontou revisões positivas em diferentes setores, como investimentos fixos não residenciais, despesas dos governos locais e estaduais, investimento imobiliário, estoques privados e gastos federais. No entanto, os gastos dos consumidores, as exportações e as importações foram revisados para baixo.

O GDI, uma medida de renda dos americanos, aumentou 1,5% no mesmo período, enquanto a média ponderada entre o PIB real e o GDI real cresceu 3,3% entre julho e setembro, representando a atividade econômica.

Nos dois trimestres anteriores, o PIB dos EUA havia crescido 2,0% e 2,1%, respectivamente. A expansão do terceiro trimestre foi impulsionada pelo aumento nos gastos dos consumidores, investimento privado, exportações e gastos governamentais.

O PIB em dólares correntes registrou um aumento anual de 8,9%, equivalente a US$ 581,5 bilhões, elevando-se para US$ 27,64 trilhões no terceiro trimestre, uma revisão positiva de US$ 20,9 bilhões em relação à estimativa anterior.