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Mercado reduz chance de cortes de juros nos EUA em junho após PPI

Tornou-se majoritária a probabilidade de redução de 75 pontos-base das taxas de juros até o fim de 2024

O mercado financeiro reduziu significativamente a probabilidade de um corte nos juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) em junho, após a divulgação, nesta sexta-feira (16), do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, acima do esperado, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

Os investidores também alteraram a precificação para o relaxamento monetário até dezembro, vendo agora maior probabilidade de um ciclo menos agressivo. As informações são do Estadão.

Após os dados do PPI, tornou-se majoritária a probabilidade de redução de 75 pontos-base das taxas de juros até o fim de 2024.

A ferramenta do CME indica chance de 30,9% de que as taxas terminem o ano no intervalo de 4,50% a 4,75%, enquanto antes do PPI a probabilidade era de 28,6%.

A segunda maior probabilidade é a de redução de 100 pontos-base, que passou de 31,6% de antes do dado para 29,2%. Também aumentou a chance de cortes de apenas 50 pontos-base, avançando de 13,9% antes do dado para 17,5% agora.

Embora a redução ainda seja encarada como a decisão mais provável em junho, o monitoramento do CME registrou um salto na chance de manutenção nos juros: antes do PPI, a probabilidade de manutenção era de 25,2% em junho, e agora é de 30,9%.

PPI: inflação ao produtor nos EUA sobe 0,3% em janeiro

Segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta sexta-feira (16), o índice de preços ao produtor (PPI) registrou um aumento de 0,3% em janeiro em relação a dezembro, considerando os ajustes sazonais. Em comparação anual, o PPI apresentou uma alta de 0,9%.

O dado divulgado superou as expectativas dos analistas da LSEG, que estimavam um aumento de 0,1% na leitura mensal e de 0,6% na comparação anual.

O núcleo do índice, que desconsidera as variações de alimentos, energia e serviços comerciais, registrou um aumento de 0,6%, marcando a maior variação desde janeiro de 2023. No acumulado de 12 meses, o núcleo do índice apresentou um aumento de 2,6%.