A empresa de Elon Musk que desenvolve implantes cerebrais, a Neuralink, informou ao mercado, na última quinta-feira (25), que a Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) concedeu o aval para a empresa iniciar o primeiro estudo clínico em humanos.
O empresário Elon Musk anseia desde 2019, que a startup de neurotecnologia inicie os testes em questão para intervir sobre condições intratáveis, como paralisia. Entretanto, a empresa não tinha a aprovação da FDA, que só foi procurada em 2022.
“Este é o resultado de um trabalho incrível da equipe Neuralink em estreita colaboração com a FDA, e representa um primeiro passo importante que um dia permitirá que nossa tecnologia ajude muitas pessoas”, diz o anúncio publicado no Twitter.
Objetivo da Neuralink
Em resumo, a startup de neurotecnologia fundada em 2016 por Musk, tenciona produzir tecnologias em interfaces cérebro-computador, ou BCI, que corresponde a um sistema capaz de decifrar sinais cerebrais e os traduz em comandos para tecnologias externas.
Entre os principais projetos da companhia, segundo seu site, está a construção de um implante cerebral chamado Link, que visa auxiliar pacientes com paralisia severa a controlar tecnologias externas usando apenas sinais neurais.
Sendo assim, os pacientes com doenças degenerativas graves podem eventualmente recuperar sua capacidade de se comunicar movendo cursores e digitando com suas mentes por meio de uma conexão Bluetooth. Vale destacar que o uso do chip exigirá uma cirurgia cerebral invasiva.
Alvo de investigação
A Neuralink está sendo investigada pelo departamento de agricultura dos EUA por possivelmente violar leis de bem-estar animal. De acordo com documentos obtidos pela agência de notícias “Reuters”, a companhia já matou mais de 1.500 cobaias desde 2018.
Funcionários da Neuralink disseram que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se não houvesse tanta pressão por parte de Musk para entregarem resultados rápidos.
A Neuralink vem desenvolvendo um implante cerebral que ajudaria pessoas paralisadas a andarem novamente, além de curar outros problemas neurológicos. No processo, no entanto, os testes foram feitos em animais como porcos, macacos, ovelhas e ratos.
As fontes apontaram que vários cobaias morreram e o valor de 1.500 é uma estimativa, já que a empresa de Elon Musk não possui registros atualizados sobre as mortes.