O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o mundo vive o maior risco de um “armagedon” nuclear desde a crise dos mísseis cubanos em 1962, no auge da guerra fria. A fala do líder americano foi feita durante evento de caridade em Nova York na noite da última quinta-feira (6).
Biden também disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, “não está brincando” quando faz ameaças de uso de armas nucleares na guerra contra a Ucrânia.
O presidente norte-americano justificou o receio do uso de armas de destruição em massa por parte da Rússia devido ao “desempenho significativamente abaixo do esperado” das forças de Moscou nos campos de batalha.
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“Não enfrentamos a perspectiva de um armagedon desde Kennedy e a crise dos mísseis cubanos. Temos uma ameaça direta do uso de armas nucleares se, de fato, as coisas continuarem no caminho que estão seguindo”, disse Biden.
Além disso, o presidente dos EUA informou estar tentando encontrar uma maneira de fazer Putin recuar, já que, nas últimas semanas, o presidente russo adotou uma retórica ainda mais belicosa e intensificou o conflito ao anexar regiões inteiras do sul e leste da Ucrânia mesmo sem controle das áreas, se utilizando do resultado de referendos questionados para justificar o ato.
Autoridades de alto escalão dos EUA alertaram que a Rússia enfrentaria “consequências catastróficas” se Moscou usasse armas nucleares e disseram que comunicaram quais seriam as respostas a isso para autoridades russas.
Putin anexou quatro territórios ucranianos à Rússia
O presidente russo Vladimir Putin assinou na última sexta-feira (30) a anexação de quatro regiões da Ucrânia à Rússia. De acordo com o governo russo, as regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia agora fazem parte do país.
“Existem quatro novas regiões russas”, afirmou Putin durante a cerimônia feita para a anexação. “As pessoas que vivem nessas quatro regiões estão se tornando nossos cidadãos para sempre”, completou.
A anexação dos territórios ucranianos ocorreu após autoridades pró-Rússia realizarem referendos sobre a adesão à Rússia no leste sul da Ucrânia.
