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Rússia impõe restrições às exportações de combustível

Nos últimos meses, o país enfrentou escassez de gasolina e diesel, elevando os preços dos combustíveis

Rússia introduziu restrições de caráter temporário às exportações de gasolina e diesel com o objetivo de estabilizar o mercado interno, informou o governo russo nesta quinta-feira (21).

O Ministério da Energia disse que impediria as exportações não autorizadas de combustíveis para motores.

Nos últimos meses, o país enfrentou escassez de gasolina e diesel, elevando os preços dos combustíveis no atacado.

“As restrições temporárias ajudarão a saturar o mercado de combustíveis, o que, por sua vez, reduzirá os preços para os consumidores”, disse o governo em um comunicado.

Anteriormente, para estabilizar a situação no mercado de combustíveis, o governo aumentou os volumes obrigatórios de fornecimento de gasolina e diesel para a bolsa de mercadorias. “Também foi estabelecido o monitoramento diário das compras de combustível para as necessidades dos produtores agrícolas com ajuste imediato dos volumes”, declarou.

G20: Rússia diz que declaração de líderes é “equilibrada”

Rússia elogiou a declaração de líderes da cúpula do G20, que não chegou a criticar diretamente Moscou pela guerra na Ucrânia, e afirmou que os países do bloco agiram no interesse da resolução do conflito.

No sábado (9), o grupo adotou uma declaração em Nova Délhi, na Índia, que evitou condenar a Rússia pelo conflito, mas apelou a todos os Estados para não usarem a força para tomar território.

“Houve negociações muito difíceis sobre a questão da Ucrânia; em primeiro lugar, a posição coletiva dos países e parceiros do Brics funcionou, tudo se refletiu de forma equilibrada”, afirmou Svetlana Lukash, negociadora do governo da Rússia no G20, segundo a agência de notícias russa ‘Interfax”.

G20: líderes aprovam comunicado que condena Guerra na Ucrânia

Os líderes do G20 concordaram no sábado (9) em divulgar uma declaração conjunta após resolver as diferenças finais sobre as referências à invasão da Ucrânia pela Rússia e aos planos dos EUA de sediar a cúpula em 2026.

O comunicado condenou a guerra na Ucrânia e refletiu um compromisso entre os EUA e os seus aliados. O acordo fez com que a Índia, anfitriã da cúpula, reivindicasse o sucesso diplomático da reunião.

“Esta é uma declaração completa com 100% de unanimidade”, afirmou Amitabh Kant, principal negociador do G20 na Índia.

“Isto demonstra a grande capacidade do primeiro-ministro e da Índia para reunir todos os países em desenvolvimento, todos os mercados emergentes, todos os países desenvolvidos, a China, a Rússia, todos na mesma mesa e chegar a consenso”, acrescentou Kant.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, aclamou a aprovação do comunicado e parabenizou o país asiático.

“Este é um marco significativo para a presidência da Índia e um voto de confiança de que o G20 pode unir-se para abordar uma série de questões prementes, e também para lidar com questões difíceis que, na verdade, dividem muito alguns membros de outros, incluindo, obviamente, a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia”, disse Sullivan.