Americanas (AMER3) diz que não há previsão para acordo com credores

Varejista se posiciona após notícias apontarem possível acerto com credores

A Americanas (AMER3) negou ter previsão de uma data para a conclusão de negociação com credores através de comunicado enviado ao mercado. A varejista se posicionou após notícias na imprensa citarem informações de bastidores que apontavam para um possível fechamento do acordo em meados de setembro.

De acordo com informações divulgadas pelo Estadão, o prazo estabelecido para setembro se deve ao fato de que, após esse período, a Americanas enfrentaria escassez de recursos financeiros e graves problemas operacionais.

Na véspera, a companhia apresentou seu plano de recuperação judicial à Justiça do Rio de Janeiro e tem relatado progressos nas negociações com os credores. Um dos avanços mencionados é o aumento de capital, que será realizado pelos acionistas de referência – Lemann, Telles e Sicupira – em um montante de R$ 10 bilhões inicialmente, podendo haver mais dois aportes de R$ 1 bilhão, dependendo da liquidez e da alavancagem da empresa.

Americanas (AMER3) entrega plano de RJ e publica edital com credores

A Americanas (AMER3) publicou, nesta segunda-feira (19), o edital com a relação de credores da companhia e de suas subsidiárias, JSM Global, B2W Digital Lux, e ST Importações. A lista está disponível em documento no site da companhia.

Nesse sentido, o edital inclui a confirmação da entrega do plano de recuperação judicial da Americanas. O plano foi apresentado pelo administrador judicial em 20 de março de 2023 à 4ª Vara Empresarial da Comarca do Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a companhia, a partir desta segunda-feira (19), passa a valer o prazo de 10 dias para a  apresentação, ao juízo da recuperação judicial, de impugnação à relação de credores. E o prazo de 30 dias para o oferecimento de objeções ao plano de recuperação judicial, também passa a valer nesta segunda (19).

Crise de Americanas

Em suma, a crise da varejista deu início em janeiro deste ano, quando foram detectadas inconsistências de bilhões em lançamentos contábeis pelo presidente da Americanas, Sérgio Rial, na época. O que ocasionou na saída da companhia e atualmente, é o único investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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