O Brasil está prestes a assistir ao surgimento de uma nova gigante. Na véspera, a Auren Energia (AURE3) anunciou a combinação de negócios com a AES Brasil (AESB3).
“Não poderia haver transação melhor para a Auren do que a aquisição da AES Brasil em todos os sentidos”, declarou Fábio Zanfelice, CEO da Auren Energia (AURE3), em teleconferência com analistas.
A aquisição gerou reações divergentes de investidores na Bolsa, com as ações da Auren passando a operar em queda. Os papéis da empresa fecharam a sessão desta quinta-feira (16) com recuo de 1,66%, cotados a R$ 11,83.
Por outro lado, as ações da AES Brasil dispararam na Bolsa, fechando o pregão com alta de 13,80%, cotadas a R$ 11,13.
Para analistas, um dos motivos para a reação do mercado foi que a Auren teria pago demais pela AES Brasil. O valor da transação não foi revelado, mas nos cálculos do JPMorgan, a AES Corp deve receber cerca de R$ 3,3 bilhões (US$ 640 milhões) em dinheiro pela sua participação de 47,3% na companhia.
Para o CEO da Auren, o valor foi “justo”, ao passo que existe “muito a explorar em sinergias”.
“O preço de mercado da ação da AES Brasil reflete o momento atual. Nós vamos agregar ainda mais valor para acionistas após a consolidação”, declarou o executivo, de acordo com o “Seu Dinheiro”.
Auren (AURE3) registra alta de 10% no lucro do 1T24
A geradora de energia renovável Auren (AURE3) encerrou o primeiro trimestre de 2024 (1T24) com um lucro 10% superior, impulsionado pelo efeito positivo da alta nos preços de energia sobre os contratos de sua comercializadora.
Um executivo da empresa informou à Reuters que a Auren está confiante em uma tendência ainda positiva para a venda de energia a grandes e médios consumidores nos próximos meses.
A empresa de energia controlada pela Votorantim e CPP Investments reportou um lucro líquido de R$ 253,6 milhões, representando um aumento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.