Boeing tem prejuízo líquido de US$ 149 milhões no 2T23

“Estamos bem posicionados para alcançar nossas metas operacionais e financeiras", diz diretor-presidente da Boeing

A Boeing registrou um prejuízo líquido de US$ 149 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo o lucro de US$ 193 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. A fabricante de aeronaves obteve receitas de US$ 19,7 bilhões entre abril e junho, um aumento de 18,4% em relação ao ano anterior. As informações são do Valor Econômico.

“Estamos bem posicionados para alcançar nossas metas operacionais e financeiras estabelecidas para o ano e no longo prazo”, diz Dave Calhoun, diretor-presidente da Boeing, em nota. O executivo vê evolução no processo de estabilização na cadeia de produção da companhia.

A divisão de aeronaves comerciais teve um faturamento de US$ 8,84 bilhões no segundo trimestre, o que representa um crescimento de 41% em relação ao ano anterior. No período, foram entregues 136 aeronaves, registrando um aumento de 12%. O livro de pedidos da empresa totaliza US$ 363 bilhões, e a Boeing adicionou 460 novos pedidos no trimestre.

A Boeing destaca que a produção do modelo 737 será aumentada para 38 aviões por mês, com a previsão de montar entre 400 a 450 aviões no ano, enquanto o modelo 787 Dreamliner terá sua produção aumentada para 5 por mês até o fim do ano, com previsão de entregar entre 70 a 80 aviões.

Na área de defesa, espaço e segurança, as receitas da Boeing alcançaram US$ 6,16 bilhões, registrando uma queda de 0,4% em relação ao ano anterior. A empresa destaca a deterioração nas margens devido aos custos fixos de alguns contratos e a continuidade da instabilidade na cadeia de produção.

Embraer (EMBR3) gastou R$ 806 mi em acordo frustrado com Boeing (BOEI34)

A Embraer (EMBR3) já desembolsou mais de R$ 806 milhões com o negócio fracassado com a Boeing (BOEI34). Mesmo após o rompimento do acordo há 3 anos, a companhia brasileira segue gastando.

Nesse sentido, a Embraer cobra o ressarcimento da companhia americana pelo rompimento do acordo. Entretanto, a companhia alerta seus investidores que pode não receber o aporte de volta, como inclusive ser obrigada a “pagar danos monetários significativos à Boeing”.

O portal da InfoMoney que apurou os valores através das demonstrações financeiras da Embraer dos últimos seis anos e os documentos públicos depositados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e na SEC (Securities and Exchange Comission). Uma vez que a Embraer não comenta sobre o assunto.

Além disso, a companhia brasileira passou a não citar o nome da Boeing em seus balanços, principalmente a partir de 2022. Desse modo, a quantia milionária desembolsada pela Embraer, não serviu apenas para segregar a sua divisão comercial, como também para reincorporá-la, depois que o acordo fracassou. Vale ressaltar que a empresa receberia US$ 4,2 bilhões por 80% da nova empresa e ficaria com os outros 20%, se ele tivesse sido concluído.