A Gol (GOLL4) fechou o pregão desta quarta-feira (24) com queda de 7,41%, após a Latam recuar de negociações para assumir contrato de leasing da empresa referente a Boeings 737.
A Latam declarou que desistiu de tentar levar alguns dos aviões e aeronaves da Gol (GOLL4) dentro do processo de recuperação judicial nos EUA, por conta do baixo engajamento de arrendadores da aérea brasileira.
A busca da Latam pelos modelos 737 da companhia enfureceu a Gol, que convocou a Latam para se explicar na corte norte-americana.
No documento apresentado, é exposto que cartas enviadas aos arrendadores em 1º de março defendiam que a transferência dos aviões para a Latam poderia beneficiar a Gol, pois reduziria os custos com as devoluções de aviões no final das negociações.
O comunicado da equipe de advogados que representava a Latam à Corte de Nova York declarava que “particularmente a falta de envolvimento significativo dos devedores em discussões comerciais com a Latam e a urgência das necessidades de (aeronaves de) fuselagem estreita da Latam, a Latam determinou que a probabilidade de ela e os devedores realizarem transações para aeronaves B737 é agora remota”, de acordo com o “Valor”.
Além disso, o documento sinaliza que a Latam não conseguiu, nos últimos meses, obter aeronaves B737 de outras fontes não ligadas à Gol.
“Consequentemente, é improvável que a Latam continue realizando quaisquer transações envolvendo o B737. Em vez disso, devido à escassez de aeronaves B737 disponíveis, bem como à recusa dos devedores em cooperar, a Latam está adquirindo, através de vários canais alternativos, outras opções de modelos de aeronaves de fuselagem estreita”, acrescentou a equipe no documento.
Azul (AZUL4) passa Gol (GOLL4) em liderança do mercado brasileiro
A Azul (AZUL4) ultrapassou a Gol (GOLL4) no mercado de aéreo do Brasil em março, conforme dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), divulgados nesta segunda-feira (22).
O crescimento da Azul (em 6,7%), deixou para trás os da Gol e atingiu o patamar de 29,5% de participação de mercado. Enquanto a concorrente tem 29%, tendo em vista, também, a redução de 13,4% no número RPK – lucro por passageiro e quilômetro voado.
Essa vertente é calculada, a partir da multiplicação do número de passageiros pagantes pelos quilômetros voados, de acordo com a “Folha de S. Paulo”.