Multi (MLAS3) dispara mesmo com alta de quase 60% no prejuízo do 4T23

A receita líquida da Multi (MLAS3) fechou o quarto trimestre de 2023 com queda de 24,4%, somando R$ 840,8 milhões.

Foto: Divulgação
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As ações da Multilaser (MLAS3) dispararam no pregão desta quinta-feira (28). Por volta das 15h (horário de Brasília), a companhia apresentava alta de 9,86%. A variação positiva ocorre mesmo com a empresa tendo reportado um prejuízo de R$ 324,8 milhões no quarto trimestre de 2023, uma alta de 58,3% na comparação anual.

Analistas do Citi (CTGP34), que acompanham a apresentação dos resultados da Multilaser (MLAS3), apontaram que a administração sinalizou que, mesmo com os desafios enfrentados em 2023, a companhia conseguiu alcançar o objetivo, que era encerrar o ano com caixa líquido.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa foi negativo em R$ 284 milhões nos últimos três meses do ano passado. O dado reduziu mesmo com a redução de R$ 141,5 milhões nas despesas.

Já a receita líquida da companhia fechou o período com queda de 24,4%, somando R$ 840,8 milhões.

A antiga Multilaser fechou o ano de 2023 em dívida bruta e com R$ 1,046 bilhão em caixa, consequentemente a sua posição de caixa líquida é de R$ 225,8 milhões.

“Acrescentaram ainda que o processo de geração de caixa continuou ao longo do primeiro trimestre”, afirmaram os analistas do Citi, de acordo com o “InfoMoney”.

“Eles acreditam que os atuais níveis de estoque interno já atingiram o nível desejado. Até que a empresa relate resultados negativos, ela continuará a operar com caixa líquido para garantir que todos os passivos financeiros sejam cobertos”, acrescentaram.

Multi (MLAS3): diretor paga multa à CVM para encerrar processo

A proposta apresentada por André Poroger, diretor da Multi (MLAS3), à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) foi aceita na última terça-feira (9). Foi acordado o valor de R$ 127,5 mil no “termo de compromisso” para encerrar um processo de investigação que seria aberto contra a empresa.

Como o termo foi assinado e acolhido antes que o processo fosse instaurado, ainda não havia uma acusação contra a Multilaser (MLAS3) por parte da CVM. 

O processo, iniciado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), visava analisar um eventual uso indevido de informação privilegiada pela empresa. A desconfiança ocorreu após a detecção de operações com valores mobiliários que a empresa emitiu antes de divulgar os resultados do segundo trimestre de 2023.