A Petrobras (PETR4) pode se empenhar mais em elevar a oferta de gás natural e reduzir os preços, para auxiliar na revitalização do setor industrial do Brasil, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A Petrobras (PETR4) deveria acelerar estudos para reduzir a reinjeção de gás em poços para aumentar a produção de petróleo, apontou Silveira. Ele acredita que isso liberaria mais gás para venda.
O ministro acrescentou que a estatal — e outras grandes petrolíferas — também deveriam investir em novos gasodutos.
Após semanas de conflitos públicos com o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, Silveira observou “algum progresso” na gestão da companhia. A título de exemplo, ele mencionou Rota 3, gasoduto marítimo cujo início das operações foi adiado por muito tempo e agora vai começar no segundo semestre.
O país está cada vez mais exposto a riscos de abastecimento em meio à perspectiva de queda de produção de gás na Bolívia. Mas o governo espera que o Brasil seja capaz de elevar a oferta em até 150 milhões de metros cúbicos por dia, através de projetos como o Raia, da Equinor, e o Sergipe Águas Profundas, da Petrobras.
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Silveira ainda apontou que negociações envolvendo Bolívia, Argentina e Paraguai estão sendo desenvolvidas. As transações exploram diversas rotas de importação do gás de Vaca Muerta, na Argentina. O combustível poderia ser transformado pelo Gasbol (gasoduto Bolívia-Brasil).
“Se for economicamente viável, a Petrobras poderá futuramente fazer parceria com empresas de infraestrutura para trazer esse gás”, declarou Silveira, de acordo com a “Bloomberg”.
Petrobras (PETR4) cederá à Argentina parte de gás natural comprado da Bolívia
A Petrobras (PETR4) cederá à Argentina uma parte de sua capacidade de gás natural contratada da Bolívia a partir de julho. A medida faz parte de um acordo com a Enarsa (Energia Argentina) e estabelece até 5 milhões de m³/dia (metros cúbicos por dia).
O gás cedido pela Petrobras (PETR4) será utilizado para assegurar o suprimento de usinas termelétricas, demandas residenciais e industriais na província de Salta e outras localidades no norte da Argentina.
O movimento ocorrerá durante os meses de inverno, ao passo que o país vizinho espera a conclusão do gasoduto norte, licitado recentemente.
