O Diretor Executivo de Comercialização e Novos Negócios da PetroReconcavo (RECV3), João Vitor Moreira, declarou nesta quinta-feira (23) que a companhia é um “cliente muito importante para a 3R (RRRP3) na Bacia Potiguar”.
A afirmativa do executivo foi realizada durante o Bahia Oil & Gas Energy 2024, um evento internacional com foco no setor de petróleo e gás do Norte/Nordeste do Brasil. Moreira foi o representante da PetroReconcavo (RECV3) em uma das mesas sobre o dinamismo do mercado independente onshore.
“A 3R tem uma quantidade de ativos grande e detém as infraestruturas de escoamento de gás natural e de petróleo que a gente utiliza”, disse João Vitor Moreira em entrevista ao BP Money.
Em meados de março, surgiram rumores sobre uma possível fusão entre as duas companhias. O mercado estava otimista com a sinergia da empresa resultante, conforme informação do “Pipeline”.
Contudo, a 3R optou por realizar a operação com a Enauta (ENAT3). O anúncio da junção de negócios foi realizado na última sexta-feira (17) e movimentou cerca de R$ 6 bilhões.
A empresa resultante seria a segunda maior operadora do país, na perspectiva de Pedro Afonso Gomes, presidente do CORECON-SP (Conselho Regional de Economia da 2ª Região).
Diretor executivo da PetroReconcavo (RECV3) fala sobre investimentos da empresa
João Vitor Moreira também comentou que a PetroReconcavo (RECV3) está no processo de verticalizar as atividades. Em abril, a companhia começou estudos para o desenvolvimento de uma UPGN (unidade de processamento de gás natural) própria no Rio Grande do Norte.
“A realidade é que a gente ainda tem custos intermediários, que é o custo de processamento do gás muito elevado. Hoje, a gente pode contratar esse serviço de terceiros, mas principalmente porque a companhia consegue ser muito saudável financeiramente, consegue investir bem”.
Com isso, ele aponta que faz sentido para a empresa investir em projetos que reduzem os custos de produção da companhia. Nas palavras dele, eles “se pagam”.