Commodities afetam receita

Vale (VALE3): desempenho agrada mercado mesmo com projeção de queda

A média para as projeções da receita da Vale foi de cerca de US$ 8,28 bilhões, equivalente à queda de 1,82%.

Foto: Divulgação
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A Vale (VALE3) vai divulgar o seu balanço trimestral nesta quarta-feira (24), após o fechamento do pregão. É esperado por analistas que o lucro líquido da companhia venha abaixo do apresentado um ano antes, mesmo assim, a visão é positiva para os resultados da mineradora.

Grande parte das receitas da Vale (VALE3) é decorrente da produção e comercialização de minério de ferro. Com isso, as projeções menores para os três primeiros meses de 2024 foram diretamente afetadas pelos recuos nos preços da commodity frente ao primeiro trimestre de 2023.

Além disso, o cobre e o níquel, que também pesam nas receitas da empresa, seguiram em linha com as quedas do minério, sendo negociados a preços menores.

Uma média para as estimativas do lucro líquido da organização — compilada pelo “Valor” — fica em torno de US$ 1,67 bilhão. O dado representa uma queda de 9,90% em relação ao reportado um ano antes.

Já a média para as projeções da receita é de cerca de US$ 8,28 bilhões, equivalente à queda de 1,82%, seguindo a mesma base comparativa.

Para o levantamento foram utilizados relatórios do Citi (CTGP34), Itaú BBA (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11).

Essa perspectiva positiva para a empresa, mesmo com a expectativa abaixo do esperado, é decorrente da confiabilidade que a mineradora tem passado neste primeiro trimestre. Os mercados buscam essa confiança desde 2019, quando houve o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho.

A título de exemplo, o relatório de produção da Vale foi muito bem recebido por analistas. O Citi, por exemplo, afirmou que a empresa havia divulgado uma produção “forte” no período e que os embarques foram acima do esperado.

Vale (VALE3): ex-conselheiro que renunciou pode ser processado

Acionista da Vale (VALE3) estão avaliando processar o ex-conselheiro José Luciano Duarte Penido, sob alegação de que, ao renunciar, o seu posicionamento foi prejudicial à companhia.

Em carta de renúncia enviada ao presidente do conselho, Penido denunciou que o processo de sucessão do presidente-executivo na empresa foi conduzido de maneira manipulada e com influência política.

“Apesar de respeitar decisões colegiadas, em minha opinião o atual processo sucessório do CEO da Vale vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidentemente e nefasta influência política”, disse o ex-conselheiro.