A varejista de moda C&A (CEAB3) se destacou em meio às concorrentes nos resultados do quarto trimestre de 2023. Segundo relatório do banco Santander, o desempenho positivo da empresa se deu, principalmente, devido às operações de financiamento ao consumidor, que subiram 51% nos três últimos meses do ano passado.
“Na C&A, o desempenho de vendas permanece forte em todas as formas de pagamento, mas notamos que a crescente carteira de crédito da empresa continuou a ajudar a apoiar as vendas garantidas por financiamento ao consumidor antes das vendas de cartão de crédito garantidas por terceiros”, avaliaram, em relatório.
O acréscimo relevante nas vendas impactou os papéis da varejista nos últimos meses. Logo após os resultados do quarto trimestre, as ações da varejista subiram 4,67%, a R$ 9,40. A alta acumulada em 12 meses é de 248%.
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A margem financeira bruta da empresa foi de R$ 25,7 bilhões, representando um aumento de 21,6% em 12 meses.
Ao contrário da C&A, a varejista Renner (LREN3) apresentou recuo de 10% em relação à concessão de crédito ao consumidor. Na Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, o crescimento do financiamento ao consumidor subiu 6%.
Números da C&A
A C&A registrou o melhor nível histórico no quarto semestre de 2023. Em um período marcado por desafios, a varejista apresentou um avanço notável de 18,8% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 1,95 bilhão.
O lucro líquido ajustado também registrou um impressionante aumento de 98,2% em relação ao quarto trimestre de 2022, atingindo R$ 144,9 milhões.
Em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado, o crescimento foi expressivo de 38% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 501,5 milhões no último trimestre de 2023.
No acumulado do ano, esse resultado foi ainda mais significativo, com um aumento de 40% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 1,05 bilhão.
No último trimestre, a C&A (CEAB3) reportou, no entanto, um lucro líquido de R$ 168,7 milhões – uma queda anual de 21%. Esse resultado foi fortemente influenciado pelo aumento expressivo de 146% nas despesas financeiras, que totalizaram R$ 112,2 milhões no período.
