A holding Lagfin, controladora da Campari Group, teve € 1,29 bilhão (US$ 1,5 bilhão) em ativos – basicamente ações – apreendidos pela polícia fiscal da Itália. A apreensão faz parte de uma investigação por fraude. Informações do Estadão Conteúdo, via Infomoney.
Um juiz em Monza, a nordeste de Milão, aprovou a ordem de apreensão, que a polícia descreveu como cautelar, enquanto investiga alegações de evasão fiscal. A investigação começou com uma auditoria fiscal após uma fusão em que a holding sediada em Luxemburgo absorveu a subsidiária italiana.
Na sexta-feira (31), a Lagfin informou que a investigação “está relacionada a uma disputa fiscal que começou há aproximadamente dois anos e que nunca envolveu o Campari Group de forma alguma”.
A Lagfin disse que sempre “agiu no mais escrupuloso respeito a todas as leis e regulamentos aplicáveis, incluindo quaisquer leis tributárias italianas” e que “se defenderá vigorosamente”.
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O Grupo Campari não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A holding afirmou que, como detém mais de 80% dos direitos de voto do Campari, a apreensão é “absolutamente incapaz” de afetar sua posição como acionista controladora do Campari.
Disputa de família
Com laços com a família do presidente do Grupo Campari, Luca Garavoglia, a Lagfin foi fundada em 1995 e seu principal objetivo é ser a acionista controladora do Campari, com mais de 50% de suas ações.
Fundado em 1860, o Campari é, atualmente, um dos maiores grupos do setor de bebidas alcoólicas premium do mundo. O Campari também é proprietário da Aperol e de várias marcas globais, incluindo Grand Marnier, tequilas e alguns bourbons americanos, como o Wild Turkey.
