A Nestlé reportou uma queda de 6% nas vendas globais no primeiro trimestre de 2024, para cerca de 22 bilhões de francos suíços. O resultado foi decorrente da baixa demanda de consumidores no mundo, especialmente na América do Norte.
As vendas na América do Norte retraíram 7,7% nos primeiros três meses do ano, somando 5,82 bilhões de francos. A região corresponde, sozinha, a 26,4% da receita total da Nestlé.
Na Europa, que responde a aproximadamente 21% da receita da gigante suíça, o faturamento caiu 5%, para 4,64 bilhões de francos.
“Esperávamos um início de ano lento e observamos uma forte recuperação no crescimento real no segundo trimestre, com boas perspectivas para o restante do ano”, comentou em nota o CEO da companhia, Mark Schneider. As informações são do “InfoMoney”.
A empresa registrou queda nas vendas em todas as regiões que atua, exceto na América Latina. O mercado latino gerou uma receita de 3,07 bilhões de francos suíços, correspondendo a um crescimento de 1,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2023.
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Na América Latina, o destaque ficou para o Brasil, que foi alavancado pelas marcas Garoto, KitKat e Nescafé.
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No cotidiano ou em celebrações, o chocolate e outros doces conquistam os consumidores pelo paladar. O setor de alimentos se ancora nesse ritual para impulsionar as vendas. Como foi o caso da Nestlé, cujos números cresceram na América Latina, sobretudo no Brasil, aproveitando os hábitos e cultura da região, conforme explicam especialistas ao BP Money.
Segundo os dados apresentados pela Nestlé, o bloco geográfico foi responsável por uma receita de 12,2 bilhões de francos suíços no ano passado, aumento de 3,2%. No Brasil, o aumento teve apoio dos negócios de confeitaria, nutrição infantil e bebidas.
O Brasil carrega tradições familiares e culturais, muitas vezes ligadas à alimentação. Além disso, o crescente entendimento da população quanto à nutrição infantil e preferências regionais são combinações a que se pode atribuir a inclinação ao consumo de produtos desses segmentos.
