“As Fintechs Brasileiras que Estão se Destacando Globalmente” reuniu líderes do setor para discutir os fatores que impulsionaram o sucesso das fintechs brasileiras, seus desafios e oportunidades no cenário internacional.
Os palestrantes Antonio Soares (Dock), Gustavo Gierun (Distrito), João Del Valle (EBANX) e Tiago Bertoni (Pismo) compartilharam suas visões sobre os pontos de virada, a comparação com outros mercados e os processos de internacionalização das fintechs brasileiras.
Principais Pontos de Virada das Fintechs Brasileiras
Gustavo Gierun iniciou a discussão destacando o avanço significativo dos serviços financeiros no Brasil. “O principal ponto que fez o Brasil avançar tanto foram os reguladores, como a CVM e o Banco Central”, afirmou Gierun. Ele ressaltou a disposição dos talentos locais em correr riscos e a rápida evolução do mercado brasileiro. “O acesso a capital também contribuiu para esse avanço, embora tenha havido um retrocesso na disponibilidade de capital após um pico inicial”, completou.
João Del Valle enfatizou a posição privilegiada do Brasil no cenário financeiro global. “O sistema financeiro sempre foi muito avançado aqui no país. Consistência em um país enorme como o Brasil não é algo comum”, disse Del Valle. Ele destacou o Pix como um exemplo de inovação que enche o país de orgulho.
Tiago Bertoni relembrou a criação do Nubank como um marco significativo na sua carreira e no setor. “Foi um movimento muito provocativo para os membros do setor, que levou todos a se reinventarem”, explicou Bertoni.
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Antonio Soares destacou a visão dos reguladores brasileiros como um diferencial. “Temos um regulador que sobe a régua. As ondas tecnológicas sempre existiram, mas quando você tem um regulador estimulando tudo isso, o cenário muda”, disse Soares. Ele elogiou a qualidade da mão de obra brasileira e a infraestrutura criada pelos reguladores, que permite ao país abrir novos horizontes.
Comparação com Outros Mercados
Ao comparar o Brasil com outros mercados, Gustavo Gierun destacou que o sistema financeiro e de pagamentos brasileiro está à frente de outros países da América Latina. “Se hoje já temos uma vantagem competitiva, teremos ainda mais no futuro. A maneira que evoluímos aqui sugere que possivelmente evoluiremos mais rápido que outros países”, afirmou Gierun. Ele mencionou que o setor de fintechs brasileiro tem cada vez mais espaço, conforme a tecnologia avança, permitindo competir com grandes bancos.
Escalada de Crescimento e Internacionalização das Fintechs
Antonio Soares compartilhou a experiência da Dock na expansão internacional. “Iniciamos a expansão com dois clientes no Peru e na Colômbia, o que foi um ‘laboratório’ para nós”, disse Soares. Ele explicou que a operação e o volume no Brasil são altamente adaptados ao mercado local, o que exigiu a construção de uma nova plataforma para a expansão internacional. “Outra coisa que ficou clara foi a forma como é tratado o regulatório”, concluiu Soares.
O painel destacou a posição privilegiada do Brasil no cenário global de fintechs, impulsionada por reguladores visionários, talentos locais dispostos a inovar e uma infraestrutura robusta. Com uma vantagem competitiva significativa em relação a outros mercados da América Latina, as fintechs brasileiras estão bem posicionadas para continuar crescendo e se destacando no cenário internacional.
