Sem antecipar dívida

GPA (PCAR3): credores aprovam saída de controlador

Com isso, o controle acionário do Grupo Casino se dispersou na Bolsa

Foto: Divulgação
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O Grupo Pão de Açúcar – GPA (PCAR3) recebeu aval de 92,9% dos credores para modificar o controle acionário da empresa, sem antecipar o vencimento da dívida de R$ 500 milhões, que segue em aberto com os mesmos.

A decisão veio durante a assembleia especial dos titulares de CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), na quarta-feira (10). O percentual de credores que aprovou a saída do controlador representa cerca de 26,24% dos CRIs que circulam no momento.

Dos investidores presentes na assembleia, cerca de 2,06% deram votos contrários à movimentação, enquanto o que restou dos números refere-se às abstenções, de acordo com o “Valor Investe”.

Houve um pagamento de prêmio aos titulares de CRI para concessão do perdão temporário (waiver). Tal valor foi estipulado em 0,35% ao ano, incidindo sobre o saldo do valor nominal unitário dos certificados da série em questão – 1ª e 2ª séries da 80ª emissão da Virgo Companhia de Securitização lastreados em debêntures da 19ª emissão do GPA.

Além disso, o prêmio será multiplicado pela duração remanescente dos CRIs. A emissão ocorreu em 2023, sob valor de R$ 750 milhões.

Por conta da diluição do Grupo Casino, empresa francesa que controla o GPA, a companhia brasileira precisou negociar alterações de contratos de dívida com os credores. Isto para evitar o pedido de vencimento antecipado do saldo devedor, segundo apuração do “Valor Pro”.

Com isso, o controle acionário do Casino se dispersa na Bolsa. A participação do grupo no GPA saiu de 40,9% para 22,5%.

GPA (PCAR3) negocia com credores de dívida de R$ 500 milhões

A forte redução do controle do Casino no GPA (PCAR3), dono do Pão de Açúcar, levou a companhia a negociar com credores, donos de dívidas de R$ 500 milhões, alterações do contrato para evitar que aqueles que detêm a dívida solicitem o vencimento antecipado do valor em aberto.

diluição do controle do Casino sobre o GPA (PCAR3) foi decorrente de uma oferta pública de ações no valor líquido de R$ 673,4 milhões. O controle passou de 40,9% dos papéis para 22,5%.

Com isso, o grupo varejista passará a ter o controle acionário disperso na bolsa.

As informações das negociações com credores, enviadas à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por meio de formulário de referência, apontam que certos títulos de dívidas e contratos financeiros preveem a alteração do controle acionário como hipótese de vencimento antecipado das dívidas.

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