Investimentos

Haddad: 1º leilão do Eco Invest levantou R$ 45 bi para projetos

O Eco Invest busca monilizar capital para proteger projetos verdes da volatilidade cambial

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse, nesta sexta-feira (18), que o primeiro leilão do programa Eco Invest alavancou R$ 45 bilhões em financiamentos para projetos sustentáveis através de R$ 7 bilhões aportados em instrumento de “blended finance”, fruto da mescla de capital público e privado.

“O público entra com R$ 1 e o privado entra com, no mínimo, R$ 6, um recurso a juro baixo para alavancar projetos de transformação ecológica”, afirmou o ministro durante o lançamento do programa Acredita, em São Paulo (SP).

“Em áreas de fronteira, não estamos falando da velha indústria, estamos falando do que há de mais moderno no mundo”, acrescentou Haddad, segundo a “Reuters”.

O objetivo do Eco Invest, lançado pelo governo Lula este ano, é mobilizar capital privado através de linhas de financiamento e sistemas de proteção contra volatilidade cambial para projetos verdes. O evento do primeiro leilão aconteceu no dia 11 de outubro.

Haddad voltou a declarar, durante o evento, que o Brasil precisa voltar a crescer, no mínimo, o mesmo que a média mundial. Segundo o ministro, não existe “bala de prata” que vá resolver o problema de crescimento do Brasil.

Haddad: Febraban apontou vários caminhos para sustentabilidade fiscal

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou nesta quarta-feira (16) que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, levou alguns temas para análise. Um deles foram os caminhos para a sustentabilidade fiscal do país.

Essa sustentabilidade se estenderia desde o equilíbrio da Previdência aos efeitos das perícias nos benefícios fiscais.

Além disso, os bancos também fizeram considerações sobre a reforma trabalhista, segundo Haddad, e mencionaram o diálogo que a entidade mantém com sindicatos. Isto pensando, principalmente, em evitar judicialização desnecessária “que impliquem custos e impactem no crédito”.

Em outro ponto, sobre as medidas de corte de gastos, Haddad voltou a repetir que a intenção do governo é garantir que o “arcabouço tenha vida longa”, como afirmou anteriormente, de acordo com o “Valor”.

“O teto de gastos era sabido que tinha vida curta. Não queremos deixar isso acontecer com o arcabouço fiscal”, comentou.

“Temos a condição, até porque o arcabouço fiscal foi desenhado há muitas mãos, de olhar para frente e fazer com que as partes caibam no todo, que a evolução da despesa respeite os constrangimentos que a economia passa hoje em razão da herança recebida”, falou o ministro.

“Quando você cresce, tem espaço para que a despesa cresça um pouco menos, mas num padrão e ritmo coerentes com a nossa realidade atual. É essa a equação que queremos fechar”, explicou Haddad.

No encontro com os bancos privados, Lula teria dita à Febraban que “não pode errar” e que, quando se aposentar, “vai voltar para o lugar de onde veio”, segundo Haddad. 

“Presidente tem clareza de que governar é escolher, e isso tem seu tempo. Com a retomada do Congresso, nós vamos nos sentar com líderes”, comentou o ministro enquanto se referia ao pacote de corte de corte de gastos.