Governança

Haddad: “quem tem que decidir sobre dividendos é a Petrobras (PETR4)”

A estimativa da Fazenda é de que pode receber mais de R$ 12 bilhões este ano com dividendos da estatal

Foto: Divulgação
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Fernando Haddad (PT), ministro da fazenda do governo Lula, disse que a Casa tem levado informações no sentido de que a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) não será prejudicial ao plano de investimentos da empresa.

Segundo ele, o assunto está “bem encaminhado”. Para Haddad, os números estão consistentes com o caixa da estatal. “A empresa está robusta, com bom caixa. Mas é desafio o plano de investimento”, afirmou.

A estimativa da Fazenda é de que pode receber mais de R$ 12 bilhões este ano, a partir do pagamento de dividendos da Petrobras.

Para se encontrar com o presidente Lula (PT) e discutir sobre a crise na estatal, Haddad antecipou sua viagem a Brasília, no domingo. Porém a reunião não aconteceu e foi passada para a noite desta segunda-feira (8).

De acordo com Haddad, ele não debate com o mandatário federal sobre a troca na presidência da Petrobras. “O que eu discuto com o presidente é o cenário de investimento”, destacou.

Haddad espera que país mantenha “boa vibe” apesar das eleições

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que o Brasil mantenha “boa vibe” em relação ao ritmo de ajustes econômicos apesar do ano eleitoral.

O líder da Fazenda disse ainda que não há possibilidade de entregar um bom trabalho se não houver compreensão do risco que o Brasil vive no momento. “Estamos em um paradoxo. Estamos vendo oportunidade e mostrando que para aproveitar é preciso tomar determinadas medidas”, pontua.

Haddad elogiou o papel do STF (Supremo Tribunal Federal) em análises de propostas econômicas. “STF tem tomado decisões para não desarrumar a casa ainda mais que está”, afirmou, em entrevista transmitida no sábado (6) pelo canal do senador Jorge Kajuru (PSD-GO).

Segundo o ministro, está mantida a perspectiva de que o Congresso finalizará a regulamentação da reforma tributária até o final deste ano.

Além da tributária, o governo ainda busca dos parlamentares apoio para pautas que buscam fôlego para as contas públicas, o que inclui revisão de incentivos fiscais.