América Latina

Moody’s: estatais correm mais risco por volatilidades políticas

Polarização política, tensões socais e outros fatores são destacados

Foto: Pexels
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Segundo a Moody’s, as mudanças nas prioridades do governo, junto à polarização política e as tensões sociais crescentes, aumentam os riscos causados pela volatilidade política para as companhias estatais da América Latina.

Sob liderança de Alexandre Albuquerque, os analistas da Moody’s -agência de classificação de risco – relataram que os riscos de crédito de uma entidade se tornam mais resilientes diante de melhorias na governança. 

Contudo, alterações nas prioridades dos governos podem forçar a mudança no modelo de negócio das estatais. 

Para a agência, no Brasil a elevada rotatividade dos principais executivos aumenta a probabilidade de mudanças nas leis que regem as empresas não privadas, de acordo com o “Valor Investe”.

“A possibilidade de mudanças frequentes na liderança executiva pode tornar o desempenho financeiro, o planejamento estratégico e as operações diárias das empresas estatais mais imprevisíveis no longo prazo”, apontaram.

Moody’s destaca risco sob Petrobras (PETR4)

Por conta das mudanças no governo, a qualidade do perfil de crédito da Petrobras (PETR4) foi posta em risco. Isto se o governo começar a utilizar a petroleira para cobrir déficits fiscais, controlar os preços dos combustíveis e a inflação. 

A influência negativa do governo pode afetar, inclusive, a condução dos negócios de companhias privadas, que detém importância estratégica, como é o caso da Vale (VALE3) e Eletrobras (ELET3), disse a Moody’s.

Petrobras (PETR4) dá a Lula espaço de R$ 50 bi em despesas para 2026

O presidente Lula (PT) pode garantir um acréscimo no espaço fiscal do Orçamento em torno de R$ 50 bilhões de despesas, até 2026. Isto por conta do pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4).

Os auxiliares do mandatário fizeram o cálculo sobre os proventos da Petrobras, que foi discutido na reunião dos ministros Fernando Haddad – Fazenda – Rui Costa – Casa Civil – e Alexandre Silveira – Minas e Energia, de acordo com a Folha de S. Paulo.

No momento, corre uma crise na estatal por conta da pretensão, por parte de alguns membros do governo, em substituir Jean Paul Prates na cadeira de presidente da empresa.  Lula avalia a nomeação de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, ao cargo.