Luta por fatia

Sabesp (SBSP3): Aege contrata BBI para financiar entrada

A empresa deseja se tornar investidor-âncora na privatização

Sabesp / Divulgação
Sabesp / Divulgação

Para se tornar um investidor-âncora na privatização da Sabesp (SBSP3), a Aegea contratou o Bradesco BBI à procura de financiamento. A concessionária presta serviços de saneamento e esgoto. A apuração é da Bloomberg News.

Fontes disseram que o tamanho do financiamento ainda está para ser definido, contudo as discussões quanto a isso não são públicas. Seria necessário, por parte da Aegea, comprar 15% das ações da Sabesp para ser âncora.

O princípio segue as regras da oferta de ações. Essa compra custaria cerca de R$ 8,5 bilhões, baseado nos valores atuais de mercado. 

O negócio de privatização da Sabesp, que deve ser concluído até agosto, guardará 18% da participação para o Estado de São Paulo, abaixo dos 50,3% que detém hoje. 

Segundo o presidente da Aegea, Radamés Casseb, um consórcio em parceria com a Perfin e a Kinea, gestoras de recursos, está sendo montado para tornar-se âncora da privatização da Sabesp, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Sabesp (SBSP3): privatização acontecerá em duas etapas

governo de São Paulo anunciou, na noite de quarta-feira (17), os detalhes sobre a oferta de privatização da Sabesp (SBSP3). Porém, algumas definições ainda estão pendentes. O plano prevê que a privatização será realizada em duas etapas.

Inicialmente, será realizado um processo competitivo entre os potenciais acionistas de referência, que receberão 15% da companhia e terão maior controle sobre a gestão. Nesta fase, espera-se selecionar dois grupos que ofereçam os maiores preços.

Em seguida, na mesma fase do processo, mas não necessariamente no mesmo dia, ocorrerá uma espécie de disputa entre os dois sócios, na qual os demais investidores “escolherão” o vencedor.

Na segunda fase, serão realizados dois “bookbuildings” com o restante do mercado, ou seja, serão coletadas as intenções de investimento para cada um dos acionistas de referência.

Na disputa, o “bookbuilding” que apresentar o maior valor total será o vencedor – os critérios específicos para essa seleção, no entanto, ainda serão definidos, uma vez que deverá haver uma combinação de critérios entre preço e volume.

Portanto, caso haja um acionista de referência considerado mais capaz de conduzir a empresa, ele terá uma vantagem na competição.