O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) analisará entre os dias 6 e 13 de dezembro um pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para retirar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O julgamento ocorrerá no plenário virtual, em que os ministros registram seus votos no sistema eletrônico da Corte, sem necessidade de reunião presencial.
A defesa de Bolsonaro argumenta que Moraes se declarou como uma das vítimas dos episódios investigados, o que comprometeria sua imparcialidade para conduzir e julgar o caso.
Segundo as investigações da Polícia Federal, após a derrota nas eleições de 2022, Bolsonaro teria discutido com aliados possíveis formas de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um dos planos, de acordo com a PF, incluiria o sequestro e assassinato de autoridades, como ministros do STF, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Bolsonaro se diz “perseguido” e não descarta exílio em embaixada
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que se considera “perseguido”, e por isso, não descarta pedir refúgio em uma embaixada, após ser indiciado pela PF (Polícia Federal) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Mesmo cogitando um exílio, Bolsonaro afirmou que, se “devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos” e não teria retornado ao Brasil.
“Embaixada, pelo que eu vejo a história do mundo, quem se vê perseguido pode ir para lá”, disse Bolsonaro em entrevista ao portal “UOL”, divulgada nesta quinta-feira (28).
O ex-presidente e aliados foram alvos de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em uma operação deflagrada pela PF em fevereiro.
Na época, o jornal norte-americano The New York Times revelou que, quatro dias após a operação da PF, Bolsonaro passou duas noites hospedado na Embaixada da Hungria, entre os dias 12 e 14 de fevereiro.