Unanimidade

Ex- CFO do IRB (IRBR3) é condenado por CVM, CEO é absolvido

ex-vice-presidente executivo financeiro foi a origem de informação falsa que fundo Berkshire Hathaway iria adquirir IRB

Divulgação site
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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou por unanimidade o ex-vice-presidente executivo financeiro e de relações com investidores do IRB (IRBR3), Fernando Passos, à multa máxima de R$ 20 milhões por manipulação de preços de ações em 2020, de acordo com site valor econômico

Daniel Maeda, relator e diretor da CVM, fez nessa quinta-feira (20) sua última sessão de julgamento, pois deixa cargo no final de dezembro, afirmou ser incontestável o argumento de que Passos foi a fonte da informação falsa.

José Carlos Cardoso, ex-diretor-presidente da companhia, foi absolvido, também por unanimidade, da acusação de descumprimento do dever de diligência.

Maeda votou pela absolvição de Cardoso por não enxergar má-fé em comparação ao colega, que caracterizou o comportamento como “artifícios ardilosos”. O caso foi tema de investigação no Departamento de Justiça americano, que aceitou que o IRB pagasse US$ 5 milhões para encerrar o assunto.

Warren Buffet

A eventual compra de fatia do IRB por Buffett teve desdobramentos nos dias seguintes, que seguiram tendo impacto positivo nas cotações. Em 2 de março daquele ano, em teleconferência com analistas, Passos teria afirmado que a Berkshire Hathaway já detinha ações da empresa e teria aumentado a posição, inclusive com indicação de uma representante no conselho fiscal.

Após pedido de esclarecimentos da CVM, porém, a companhia respondeu que o fundo de Buffett não era acionista com mais de 5%. E, em 3 de março, a Berkshire Hathaway informou em nota oficial que não era e não tinha intenção de se tornar acionista do IRB.

IRB (IRBR3) pode reverter provisões para RS; veja impactos, segundo BTG

Em seu recente relatório sobre o IRB (IRBR3), o BTG Pactual (BPAC11) trouxe suas projeções para os resultados do terceiro trimestre de 2024. Segundo os analistas da casa, o destaque está na possibilidade de reversão das disposições relacionadas ao Rio Grande do Sul .

Os analistas do BTG destacam que, no segundo trimestre, o IRB (IRBR3) já havia provisionado R$ 107 milhões para cobrir sinistros potenciais relacionados ao desastre ambiental no Rio Grande do Sul.

Diante disso, segundo o BTG, há um potencial de reversão dessas disposições, o que tende a representar um risco positivo para a companhia.