(PETR3;PETR4)
Fotos: Reprodução Petrobras

A greve dos petroleiros da Petrobras (PETR3) atingiu nesta quarta-feira adesão total nas plataformas da Bacia de Campos. Segundo o Sindipetro Norte Fluminense, 100% dos trabalhadores cruzaram os braços, o que caracteriza um dos movimentos mais fortes da categoria nos últimos anos.

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que 28 plataformas da Bacia de Campos participam da paralisação, todas com adesão integral dos empregados do Sistema Petrobras.

De acordo com o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, a mobilização reflete a insatisfação da categoria. Ele afirmou que o movimento busca a retomada de direitos, a valorização dos trabalhadores e o fortalecimento de uma Petrobras pública.

O Sindipetro Norte Fluminense destacou que a Bacia de Campos reúne campos relevantes, como Marlim e Roncador, historicamente importantes para a produção nacional de petróleo.

A greve começou na última segunda-feira (17) e não tem data definida para terminar. Como ocorre em paralisações anteriores, os trabalhadores transferiram as operações para equipes de contingência da estatal, a fim de reduzir impactos operacionais.

Comunicado da Petrobras

Em comunicado, a Petrobras afirmou que mobilizou equipes onde foi necessário. Segundo a companhia, até o momento não houve impacto na produção, e o abastecimento ao mercado segue normal.

Fontes de grandes distribuidoras de combustíveis também disseram que não identificaram problemas na oferta até agora.

Apesar de já ter sido o principal polo produtor do país, a Bacia de Campos perdeu espaço para a Bacia de Santos, onde estão os campos do pré-sal. Ainda assim, a região produziu cerca de 750 mil barris por dia em outubro, segundo dados da ANP, dentro de um total nacional superior a 4 milhões de barris diários.

Greve Petrobras: prejuízo e impacto nos combustíveis

A greve na Petrobras (PETR3, PETR4) entrou no terceiro dia nesta quarta-feira (17) sem previsão de encerramento, atingindo 24 plataformas de petróleo e 8 refinarias, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). O movimento ocorre por tempo indeterminado após impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Apesar da ampliação do movimento, a Petrobras afirma que os planos de contingência funcionam e garantem o abastecimento. Ainda assim, cresce a dúvida: quanto tempo esse cenário pode durar sem gerar impacto econômico?

Para avaliar os riscos, o especialista em reestruturação empresarial Marcos Pelozato analisou os possíveis efeitos da paralisação.