O governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite, declarou nesta sexta-feira (7) que os R$ 180 milhões repassados pelo Judiciário para a Defesa Civil da região serão destinados inteiramente às prefeituras do Estado.
“Tomamos essa decisão de encaminhar para as prefeituras, que são, neste momento, quem está na linha de frente para dar respostas às suas comunidades”, declarou Leite durante a cerimônia do TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul). “O prefeito tem esse conhecimento na ponta do que mais é necessário”, completou, de acordo com o “Valor”.
O governador agradeceu, em nome do “povo gaúcho”, a iniciativa do Judiciário, que disponibilizou os recursos de forma ágil para atender as vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul desde o final de abril.
Segundo o governador, esses recursos devem ser empregados em ações para atenuar os impactos do desastre ambiental, em assistência humanitária e em iniciativas imediatas para atender as vítimas das cheias.
“Prédios que foram danificados, estruturas que foram comprometidas, estradas que precisam ser refeitas, limpeza urbana”, exemplificou.
Conforme informações do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), até o momento foram repassados R$ 94.440.666,73 pelos tribunais estaduais, R$ 45.578.705,13 pela Justiça Federal e R$ 36.109.594,67 foram arrecadados por comarcas do próprio RS.
RS: BC pode adotar medidas adicionais diante de enchentes
Segundo o BC (Banco Central), medidas adicionais podem ser tomadas para manter o funcionamento eficiente e a solidez do sistema financeiro diante das enchentes no Rio Grande do Sul (RS). A informação consta na ata da última reunião do Comef (Comitê de Estabilidade Financeira).
O documento aponta que o BC “seguirá atuando para preservar as condições necessárias à adequada prestação de serviços pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN) às famílias e às empresas atingidas pela tragédia”.
Além disso, a ata ressalta medidas tomadas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e o BC para manter “condições propícias” para que o SFN atue para “amenizar os efeitos econômicos da situação de calamidade pública”.