Candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) negou assumir o Ministério da Economia em caso de vitória petista nas eleições em outubro.
“Já fui vice do governador Mário Covas, em São Paulo, e vice é copiloto. A tarefa é ajudar, colaborar no conjunto do governo”, declarou Alckmin, durante agenda de campanha realizada nesta terça-feira (13), em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Recentemente surgiram rumores de que o ex-governador de São Paulo estava sendo cotado por integrantes do entorno da campanha petista para assumir o Ministério da Economia.
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De acordo com informações da agência “Reuters”, a escolha do ministro será feita por Lula apenas após as eleições —em caso de vitória da dupla, que lidera as pesquisas de opinião—, buscando refletir as alianças costuradas para a candidatura.
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O ex-tucano tem sido peça-chave na campanha como uma espécie de fiador da moderação política e fiscal que Lula pretende sinalizar. Ele tem atuado como interlocutor de representantes de vários setores econômicos.
O antigo “rival” de Lula é bem-visto por empresários e pelo mercado financeiro por ser identificado como uma voz mais ao centro do espectro político.
Alckmin na Economia pode gerar conflitos políticos
Se escolhido para comandar a Fazenda, o arranjo pode ser politicamente mais complicado de ser desfeito, segundo a “Folha de S.Paulo”. Caso o desempenho não seja positivo, retirá-lo do cargo abriria uma crise em uma pasta crucial, ainda mais com um poderoso vice que goza de prestígio do mercado.
Em Minas Gerais, o ex-tucano esteve acompanhado do candidato do PSD ao governo do estado, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
Na passagem por BH, Alckmin voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL). “O Brasil andou para trás. Na área democrática, candidato que tem saudade da ditadura e da tortura, na economia, 33 milhões de brasileiros passando fome”, disse.
