Política

Bloqueios já causam falta de combustível no Sul e Centro-Oeste

O primeiro Estado a registrar falta pontual de combustível foi Santa Catarina

Os combustíveis já começaram a faltar em postos de cidades do Sul e Centro-Oeste do País após caminhoneiros bloquearem estradas, segundo entidades que representam varejistas do setor. A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes) afirmou se tratar de focos de desabastecimento pontuais.

“Até aqui, são casos pontuais de falta de combustíveis. O que está nos chamando atenção é uma parte do estado de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Essas regiões concentram os bloqueios que estão afetando o transporte rodoviário de combustível”, relatou Games Thorp, presidente da Fecombustíveis.

O primeiro Estado a registrar falta pontual de produto foi Santa Catarina. No fim da tarde de segunda-feira (31), postos do município de Joinville (SC) já não tinham mais combustível para vender, segundo o Sindipetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina). No Centro-Oeste, há problemas em Goiânia e no Distrito Federal.

Caminhoneiros bloqueiam estradas após eleições

Desde a noite de domingo (30), dia das eleições presidenciais, caminhoneiros têm bloqueado as estradas. A Polícia Rodoviária Federal apontou que onze estados e o Distrito Federal têm bloqueio nas estradas por caminhoneiros. A polícia, contudo, não detalhou quantas paralisações acontecem ou aconteceram em cada estado.

Protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no domingo para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, foram mapeados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Pará e no Distrito Federal.

O presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas, deputado Nereu Crispim (PSD-RS), disse em nota que a categoria não deve paralisar oficialmente.

Segundo o parlamentar, o caminhoneiro “não participa e nem participará de nenhum movimento de paralisação ou bloqueio de rodovias para protestar e questionar o resultado das eleições que elegeu o candidato Luiz Inácio Lula da Silva como novo Presidente do Brasil”.