Investigação

Bolsonaro: PF descobre nova joia que pode ser agravante

Além deste, a corporação deve concluir até julho os inquéritos sobre fraude do cartão de vacinação e tentativa de golpe de estado

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro / Foto: Fotos Públicas

A Polícia Federal (PF) descobriu que, além do conjunto de joias de que já tinha conhecimento, houve a negociação de outra joia que não estava inicialmente no foco da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A informação foi concedida a jornalistas na manhã desta terça-feira (11) pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Segundo ele, a descoberta robustece a investigação que se tem feito, demonstrando todas as circunstâncias e tudo houve nesse contexto, desde a apreensão do aeroporto até o dia de hoje”.

Questionado sobre um possível cometimento do ex-presidente de crime de peculato – desvio de um bem público –, o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção da PF, Ricardo Saadi, afirmou que a descoberta da nova joia poderá “eventualmente” caracterizar um crime continuado.

“Na hora da definição, isso poderia ser considerado um agravante”, ressaltou ele, também presente no encontro com os jornalistas.

A corporação deve concluir até julho os inquéritos que implicam o ex-presidente Jair Bolsonaro. São eles: o da joias, sobre fraude no cartão de vacinação e tentativa de golpe de estado.

Bolsonaro, inelegível, empata com Lula em corrida presidencial

Quase doze meses após sua inelegibilidade declarada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Jair Bolsonaro permanece como a principal figura competitiva da direita política. 

Um levantamento do instituto Paraná Pesquisas revela que, caso houvesse uma eleição hoje, Bolsonaro estaria praticamente empatado com Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente. 

No primeiro turno, Bolsonaro receberia 38,8% dos votos, enquanto Lula ficaria com 36%. Esta pesquisa incluiu outros candidatos, como Ciro Gomes com 8,4%, Eduardo Leite com 3,4% e Helder Barbalho com 1%. 

No cenário de um possível segundo turno entre Bolsonaro e Lula, a diferença é ainda menor, com Bolsonaro obtendo 42% e Lula 41,7%, dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais, o que indica um empate técnico. 

Além disso, cerca de 11,3% dos eleitores manifestaram intenção de votar em branco, nulo ou em nenhum candidato, enquanto 5% não souberam ou não responderam.

Segundo dados do Paraná Pesquisas, há um aumento notável na menção espontânea do nome de Bolsonaro entre os eleitores, que passou de 12,3% em agosto do ano passado para 16,1% atualmente. 

No mesmo intervalo, a intenção de voto em Lula variou de 22,6% para 19,9%, indicando uma oscilação nesse período.