O relatório da PF (Polícia Federal) sobre o inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil, em 2022, que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, tornou público nesta terça-feira (26), indicou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “planejou, atuou e teve o domínio” das ações do grupo criminoso que pretendia impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e abolir o regime democrático no País.
Bolsonaro e outros 36 investigados foram indiciados pela PF por envolvimento na suposta tentativa de golpe, na quinta-feira (21).
Bolsonaro e os demais foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado e organização criminosa.
A lista inclui os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); e Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, que também fez parte da chapa eleitoral do ex-presidente em 2022, como candidato a vice-presidente.
Além disso, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro, também estão entre os 37 indiciados.
Bolsonaro se pronuncia: ‘Moraes faz tudo o que não diz a lei’
Após a repercussão do indiciamento pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou na tarde desta quinta-feira (21) por meio de sua rede social X.
Bolsonaro compartilhou trechos de matérias já publicadas, relembrando declarações antigas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a investigação.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, publicou o ex-presidente.
– Jair Bolsonaro se manifestou após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento num planejamento de golpe de Estado após a vitória de Lula, em 2022. Em conversa por telefone com a coluna Paulo Cappelli, o ex-presidente concentrou suas críticas no ministro…— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 21, 2024