Golpe de Estado

Bolsonaro vai ao Senado sob expectativa de denúncia da PGR

“O almoço contará com a presença do nosso presidente Jair Bolsonaro”, dizia o convite divulgado

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro / Foto: Tânia Rego/Agência Brasil/Arquivo/Divulgação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu a um almoço com senadores dos partidos de oposição ao governo nesta terça-feira (18). O encontro ocorre em meio à expectativa de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente, nos próximos dias, uma denúncia contra o ex-presidente por suposta tentativa de golpe de Estado.

O evento foi convocado pelo senador Wellington Fagundes (PL), líder do bloco formado por PL, PP, Republicanos e Novo no Senado, além do líder da oposição na Casa, Rogério Marinho (PL), e das lideranças do PL e do Novo — Carlos Portinho (PL) e Eduardo Girão (Novo).

“O almoço contará com a presença do nosso presidente Jair Bolsonaro”, dizia o convite divulgado, segundo o jornal Valor.

Gonet deve apresentar a denúncia contra Bolsonaro ainda em fevereiro, acusando-o de participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro se diz preparado para ser preso a qualquer momento

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou estar preparado para ser preso a qualquer momento pela PF (Polícia Federal). O político também disse que espera ser acordado por agentes da corporação. 

“Durmo bem, mas já estou preparado para ouvir a campainha tocar às 6h da manhã: ‘É a Polícia Federal!’”, afirmou Bolsonaro, em entrevista à “Bloomberg” publicada na última quinta-feira (30). 

A corporação indiciou o ex-presidente em três investigações: a suposta trama golpista, a fraude no cartão de vacinação e o caso das joias sauditas.

Bolsonaro foi indiciado pela PF, em novembro de 2024, por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Nessa mesma apuração, o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do Governo Bolsonaro, foi preso no mês seguinte, acusado de tentar obstruir as investigações ao buscar acesso à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

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