Política

Eletrobras (ELET3): ministro do TCU e AGU criticam privatização

"O governo anterior favoreceu ampla agenda de degradação ambiental", afirmou AGU

O processo de privatização da Eletrobras (ELET3;ELET6) foi “mal feita”. A afirmação foi feita pelo vice-presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Vital do Rêgo, nesta nesta segunda-feira (30), no Fórum BNDES de Direito e Desenvolvimento, na sede do banco de fomento, na região central do Rio.

“O que me interessa é dizer se ela (desestatização) foi mal feita ou foi bem feita”, afirmou. Ele frisou que o tribunal cumpre metas e prazos em suas avaliações. “Temos prazo para entregar relatório pronto, 90 dias.”

Também participante do evento no Rio, o advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que, no governo anterior, houve uma redução irracional do tamanho do Estado brasileiro. De acordo com o advogado-geral da União, há dois tipos de risco no desafio de desenvolvimento: de um lado, apostar tudo numa aceleração, sem levar em conta as consequências e de outro a precaução absoluta, sacrificando o desenvolvimento.

“O governo anterior trouxe ambos os riscos e ainda favoreceu uma ampla agenda de degradação ambiental”, afirmou Messias. “Por isso, o Brasil tem um desafio ainda maior que o de outros países.”

Ele criticou ainda o processo de privatização conduzido no governo de Jair Bolsonaro, chamando a iniciativa de “no mínimo questionável”, e citou a Eletrobras: “não vamos abrir mão do papel da propriedade da União naquela empresa”.

Para ele, a condução das empresas estatais deve ser realizada em linha com os anseios da maior parte da população, inclusive nas empresas estatais.

Messias reforçou ainda o papel da Advocacia-Geral da União para eliminar a insegurança jurídica, citando medidas da atual gestão para reduzir o estoque de processos aguardando apreciação. “A litigância é irmã gêmea da insegurança jurídica.”

Com informações do Estadão/Broadcast.

Eletrobras fará follow-on para vender fatia na ISA Cteep

A Eletrobras deverá anunciar uma oferta subsequente de ações (follow-on) para vender sua participação na Transmissão Paulista (TRPL4). As informações são do portal “Valor Econômico”.

Segundo o “Valor”, a ex-estatal, que detém participação de 35,74% na transmissora, planeja soltar o anúncio nesta segunda-feira (30), após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre da Transmissão Paulista.

O plano da Eletrobras é aumentar o ganho de eficiência ao reduzir sua estrutura societária, vendendo alguns ativos que não são considerados o centro das operações da empresa.

As fontes ouvidas pelo “Valor” afirmaram que a Eletrobras contratou os bancos Itaú BBA (ITUB4), Santander (SANB11), Citi e Safra para estruturar o follow-on.