Política

"Faraó dos Bitcoins" pode ter candidatura impugnada pelo MP

O MP alegou que Glaidson Acácio dos Santos (DC) se enquadra na Lei da Inelegibilidade

O Ministério Público Eleitoral pediu a impugnação da candidatura de Glaidson Acácio dos Santos (DC), mais conhecido como o “faraó dos Bitcoins”. Na ação, o MP afirmou que Santos se enquadra na Lei da Inelegibilidade (LC 94/90, conforme redação da chamada “Lei da Ficha Limpa”). 

Além do “faraó dos Bitcoins”, o MP Eleitoral afirmou nesta terça-feira (23) que irá pedir a impugnação das candidaturas de Lindbergh Farias (PT), Samuca Silva (União Brasil), Milton Rangel (Patriota), Wallace Anabal (Agir), Demilso da Silva Amaral (Agir) e Sérgio Roberto Egger (DC).

Faraó dos Bitcoins tinha anunciado candidatura a deputado federal

Em 15 de agosto, Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “faraó dos Bitcoins”, registrou sua candidatura a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. O ex-garçom se filiou ao partido Democracia Cristã (DC) em abril deste ano. 

O “faraó dos Bitcoins” declarou à justiça eleitoral um patrimônio de cerca de R$ 60 milhões. Santos afirmou possuir um apartamento de R$ 450 mil e R$ 60 milhões referentes a participações societárias em empresas. 

Além da declaração de bens, Santos apresentou suas certidões criminais e enfrenta 16 processos abertos na justiça federal do Rio de Janeiro.

O “faraó dos Bitcoins” foi preso em 25 de agosto de 2021 no âmbito da operação Kryptos da Polícia Federal, acusado de comandar uma fraude milionária. Na ocasião, os agentes da PF apreenderam 591 bitcoins, dezenas de carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em espécie.

Recentemente, a GAS Consultoria, criada por Santos, foi processada pelo Banco do Brasil (BBAS3) após um calote de R$ 144,8 mil. A empresa fez um empréstimo no banco quando o ex-garçom já estava preso.

Após o não pagamento do empréstimo, a instituição financeira entrou na Justiça, com um processo na 2ª Vara Cível da Comarca de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. As informações são do jornal “O Globo”.

A empresa do “faraó dos Bitcoins” seduzia clientes com promessas de rendimentos que viriam do trade de criptomoedas. Mais tarde, o modelo de operação se revelou como uma pirâmide financeira, desencadeando uma série de investigações pelas autoridades brasileiras.