Desafios

Brasil e EUA: relações entre países têm tudo para crescer, diz Alckmin

“Os Estados Unidos são o maior comprador de manufaturas [brasileiras] e o maior investidor [direto no Brasil]”, disse Alckmin

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (7) que as relações entre Brasil e EUA “são de Estado” e têm “tudo para crescer”. A declaração foi dada em entrevista coletiva para comentar a vitória do republicano Donald Trump na corrida pela Casa Branca.

“Os Estados Unidos são o maior comprador de manufaturas [brasileiras] e o maior investidor [direto no Brasil]”, disse Alckmin, conforme reportado pelo “Valor”. “As relações são de Estado, não são pessoais”.

Segundo Alckmin, os dois países possuem “uma tradição de amizade e complementaridade econômica que, eu tenho certeza, tem tudo para crescer”.

“O Brasil, sozinho, representa 50% do Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul, é a oitava economia do mundo, o sétimo país mais populoso, o quinto maior em extensão territorial”, destacou. “Tem petróleo, gás, ouro, nióbio, lítio, manganês, uma agricultura competitiva e uma indústria diversificada. Então tenho certeza que é um ganha-ganha”.

Vitória de Trump amplia desafios do Brasil com inflação e juros

Donald Trump foi eleito presidente dos EUA na quarta-feira (6) e seu retorno a partir de 2025 indica um cenário econômico mais difícil para o Brasil. O mundo deve lidar com mais medidas protecionistas, pressões inflacionárias mais fortes e níveis mais altos de juros no mundo, avaliaram três autoridades do Ministério da Fazenda, segundo apuração da “Reuters”.

Uma das fontes da Fazenda apontou que o governo deve fazer reformas estruturais com mais afinco para evitar que o ambiente desafiador no Brasil após a eleição de Trump. Nesse momento, alguns aliados políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são contra as medidas de ajuste fiscal.

“Se não fizer os ajustes o dólar vai estabilizar nos 6 reais, a inflação vai para 5% ou mais e juros passam dos 13%, ficando lá até a eleição (presidencial de 2026). Não creio que alguém que queira se reeleger vai gostar de um cenário desses”, disse uma das fontes sob anonimato, segundo o veículo de notícias.

A deputada federal e presidente do PT (Partido dos Trabalhadores), Gleisi Hoffmann, comentou que a eleição de Trump pede um fortalecimento da democracia no Brasil, “mas principalmente respostas concretas às necessidades e expectativas do povo, que não cabem na receita neoliberal que o mercado quer impor”. 

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