Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante cerimônia de lançamento do Programa Reforma Casa Brasil, realizado no Palácio do Planalto. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante cerimônia de lançamento do Programa Reforma Casa Brasil, realizado no Palácio do Planalto. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta segunda-feira (20), que o governo Lula vai terminar o terceiro mandato com o menor déficit público desde 2015. Declaração foi feita durante o evento de lançamento do programa “Reforma Casa Brasil”. Informações via Valor Econômico.

Haddad afirmou que o governo optou por “diminuir o déficit público no Brasil cortando dos empresários, não de quem precisa de moradia, que vive de de salário mínimo ou aposentado.”

“Vimos espaço para cortar o gasto tributário, de quem mora na cobertura e não paga condomínio”, falou o ministro em seu breve discurso.

O ministro afirmou ainda que Lula terminará o mandato com a menor inflação acumulada da história e a menor taxa de desemprego acumulada em quatro anos.

Votação da LDO de 2026 é adiada novamente a pedido do governo

CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso Nacional adiou, mais uma vez, a votação do Projeto de LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2026.

A reunião para análise do texto estava prevista para a manhã desta terça-feira (21), mas foi adiada a pedido do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Executivo busca alternativas para elevar a arrecadação após a Câmara dos Deputados ter derrubado a MP (Medida Provisória) que previa mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Ainda não há consenso sobre quais medidas serão adotadas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se dispôs a auxiliar o governo na formulação e tramitação das novas propostas.

De acordo com o presidente da CMO, senador Efraim Filho (União-PB), o governo solicitou o adiamento “devido às incertezas sobre o aumento de impostos e às dificuldades em promover cortes de gastos”. Ainda não há nova data definida para a votação.

Votação pode ficar para novembro

Com a aprovação da matéria pela comissão, a LDO poderia ser apreciada em sessão conjunta do Congresso já nesta semana.

No entanto, integrantes da CMO avaliam que a votação deve ficar para novembro.

Aliados do governo acreditam que os mesmos parlamentares que contribuíram para a derrubada da MP sobre o IOF podem apoiar outras medidas de aumento de receita.

O objetivo é evitar um contingenciamento de emendas e garantir a votação da LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2026 ainda este ano, condição necessária para liberar o pagamento das emendas no início do calendário eleitoral.