Política

Guedes será conselheiro da Secretaria da Fazenda em SP, diz Afif

Samuel Kinoshita deverá ser anunciado nesta quarta-feira (7) para o comando da Fazenda do Estado

Coordenador da transição do governo eleito de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Guilherme Afif Domingos (PSD) confirmou que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, não assumirá a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, mas que atuará como conselheiro à distância. 

O atual integrante da equipe de transição, Samuel Kinoshita, deverá ser anunciado nesta quarta-feira (7) para o comando da Fazenda do Estado, conforme auxiliares próximos de Tarcísio.

“É difícil para ele [Guedes] ser secretário, exatamente pelo fato de a secretaria ser uma função burocrática. Não é a característica dele, ele é um pensador”, disse Afif, segundo o “Valor”. 

À CNN, o futuro governador de São Paulo já havia sinalizado a escolha de Kinoshita para a função. Nesta terça (6), Afifanunciou mais quatro integrantes da futura gestão, entre eles o do atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, para a Secretaria de Gestão de Governo Digital, que funcionará no lugar da atual Secretaria de Orçamento e Gestão.

Críticas de Guedes elevaram insatisfação na equipe do BC

As críticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, aos técnicos do Banco Central (BC) elevaram o nível de insatisfação dos servidores da autoridade monetária em relação ao chefe da pasta. 

A equipe do BC já se mostrava descontente com a condução dos pedidos de reajustes e reestruturação de carreira. Guedes disse que o banco errou as projeções para o Brasil por não perceber a mudança no eixo da economia, com reformas e marcos legais aprovados pelo Congresso.

O ministro, porém, poupou o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, das críticas. 

De acordo com o “Estadão/Broadcast”, um técnico do BC afirmou que a indignação com o ministro e Campos Neto entre os servidores do BC é crescente.

O processo de desgaste havia começado com a atuação do presidente da autarquia no encaminhamento das reivindicações por melhores salários e reestruturação de carreira e ganhou força após o silêncio de Campos Neto diante das críticas de Guedes.